PLANEJAMENTO FAMILIAR EM MONTENEGRO





Secretaria da Saúde incentiva o planejamento familiar


Nem sempre as mulheres engravidam porque querem. Muitas vezes, as gestações são fruto da falta de informações e de conhecimento sobre o próprio corpo. E a gravidez indesejada, geralmente acompanhada da falta de estrutura material e/ou psicológica dos pais, costuma levar ao abandono. Para enfrentar o problema, a Secretaria Municipal de Saúde vem atuando no planejamento familiar, um conjunto de ações que auxiliam homens e mulheres a programar a chegada dos filhos, e também a prevenir a gravidez não prevista.

“Todas as pessoas têm o direito de decidir se terão ou não filhos e ao Estado cabe orientar as mulheres sobre os eventuais riscos e as dificuldades que a maternidade impõe. E, se alguém não quiser, alcançar-lhes os meios para evitar a concepção”, resume a secretária municipal de Saúde, Andréia Coitinho da Costa. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, mais de 120 milhões de mulheres em todo mundo desejam evitar a gravidez.

O Estado Brasileiro, desde 1998, possui medidas que auxiliam no planejamento, como a distribuição gratuita de métodos anticoncepcionais. Já em 2007, foi criada a Política Nacional de Planejamento Familiar, que incluiu a distribuição de camisinhas e de anticoncepcionais, além de expandir as ações educativas sobre a saúde sexual e a saúde reprodutiva. Em 2009, o Ministério da Saúde reforçou esta política, disponibilizando oito tipos de métodos nos postos de saúde e hospitais públicos.

Na Secretaria Municipal de Saúde de Montenegro, as ações de planejamento familiar são descentralizadas e envolvem praticamente todos os setores, mas principalmente os profissionais médicos e enfermeiros. É a eles que cabe, já durante os primeiros atendimentos, identificar situações de risco para a mulher - em que haja indicação de contracepção - ou o desejo de não ter mais filhos.

Também os agentes comunitários de saúde, em suas visitas, estão instrumentalizados para orientar os homens e as mulheres neste sentido. “Quando há necessidade, são acionados ainda psicólogos e assistentes sociais, de modo que as decisões sejam conscientes e fruto de uma avaliação sobre riscos e benefícios”, acrescenta a secretária.

Os métodos contraceptivos disponibilizados à comunidade – adquiridos com recursos oriundos da União, do Estado e do Município – são vários. A definição sobre qual será empregado é, sempre, fruto de uma avaliação médica e, quando for algo definitivo, também psicológica e de enquadramento legal.
Para os homens, o preservativo é o mais comum, mas também são oferecidas cirurgias de vasectomia. Já para as mulheres, a gama de opções é maior: anticoncepcionais orais e injetáveis, DIU (Dispositivo Intra-uterino) e implantes subcutâneos. Importante lembrar que a distribuição de camisinhas ocorre por livre demanda, sem quantidade mínima por pessoa.

Números

Homens

- preservativos masculinos distribuídos: cerca de 1.400 por mês

- vasectomias realizadas: 46 neste ano, até 30 de setembro



Mulheres

- preservativos femininos distribuídos: cerca de 300 por mês

- anticoncepcionais orais distribuídos: cerca 340 cartelas por mês

- anticoncepcionais injetáveis disponibilizados: cerca de 235 por mês

- implantes subcutâneos aplicados: 123 este ano, até 30 de setembro

- DIU (Dispositivo Intra-uterino): 53 colocações este ano, até 30 de setembro