Plano de carreira do magistério municipal de Montenegro



Plano de carreira do magistério municipal de Montenegro


Desde o início deste ano o vereador Talis Ferreira (PP) vem organizando uma data para realizar uma reunião com foco na discussão do plano de carreira do magistério municipal de Montenegro. O encontro só foi possível na manhã de hoje, 08, em virtude da pandemia e do distanciamento, agora com menos restrições. Um dos objetivos foi o de entender como está o plano e quais as tratativas já feitas pelo executivo com a comissão que representa os professores e como a administração vai proceder daqui para frente. “Esta é uma das bandeiras as quais me comprometi, que é buscar mais informações e tentar auxiliar os professores da rede municipal de ensino”, destacou o vereador.

A secretária municipal da Educação Ciglia da Silveira, que participou do encontro, explicou que desde 2016 uma comissão de professores foi formada para auxiliar na reformulação do plano de carreira. “Isso só aconteceu porque há disparidades entre os educadores e outros profissionais do setor. Não queríamos um novo plano, mas uma reformulação em alguns pontos”, ressaltou Ciglia.

Na época o plano iria ser votado pelo Legislativo em projeto encaminhado pelo Executivo. No entanto, segundo a secretaria, foi apontada uma discrepância entre o que os professores iriam receber em comparação aos assistentes de escola. “Não estamos dizendo que os assistentes não merecem, mas salientamos que os professores têm mais responsabilidades dentro de sala de aula. Então ele também merece essa consideração do poder público. E, também, pela sua formação, que é exigida para ocupar o cargo”.

De 2016 para cá poucas ações foram feitas. Uma delas foi solicitada ainda no governo do ex-prefeito Luís Américo Alves Aldana. Depois, já na administração Kadu Müller, algumas discussões foram feitas, mas nada saiu do papel. Hoje o plano de carreira dos professores não prevê, por exemplo, mudanças de níveis para os educadores com mestrado ou doutorado. “Fomos vendo que estes profissionais, mesmo buscando qualificação, não recebiam para tal”, comentou Ciglia.

Em 2020 algumas alterações foram feitas e apresentadas pela então secretaria de Educação, Rita Fleck, mas não atingiu todo o plano de carreira. De acordo com a secretária municipal de Administração Ingrid Lersch, quando o processo foi recebido algumas coisas do documento, como os índices, estavam organizados de forma confusa. “Recomeçamos os estudos e a nossa dúvida eram os índices e a criação das letras para mudança de níveis. Por cautela não repassamos nada ainda para a mídia por que não estamos com este documento finalizado”, salientou Ingrid.
Segundo Ingrid, quase 50% dos funcionários do município são da educação e, por isso, precisam ter um cuidado maior porque a prefeitura segue não só o plano de carreira do magistério como também outros planos financeiros. Se colocado em prática o plano de carreira vai ter um impacto anual de R$ 11 milhões. Pouco mais de R$ 1 milhão por mês. “Ainda temos a questão do aumento de 31,3% de aumento aos professores que precisamos aguardar para ver como fica aqui para nós, na nossa realidade”, concluiu.

Para o vereador, quando não se tem estas informações as pessoas ficam mais agoniadas. “Seguramos até aqui, mas estamos sendo cobrados de o porquê não está sendo discutido. Se tivermos que marcar mais reuniões, vamos fazer”, ressaltou Talis.

Uma das conclusões da reunião é de que no ano que vem novas discussões vão ser realizadas em torno deste assunto. Em fevereiro deve entrar na casa a votação do aumento de 31,3% por isso a ideia é discutir e avaliar o plano de carreira e as alterações que precisam ser feitas a partir de março.