Inflação para idosos sobe 6,2%

 





Inflação para idosos sobe 6,2%



     O Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i) subiu 1,54% no primeiro trimestre de 2021 e acumula elevação de 6,2% nos últimos 12 meses, ficando acima da  taxa acumulada pelo  IPC - Br,  no mesmo período, que atingiu 6,1%. O resultado foi divulgado hoje (12) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

                      O IPC-3i mede a variação da cesta de consumo de famílias majoritariamente compostas por indivíduos  com  mais  de  60  anos  de idade. Já o IPC-Br analisa a inflação das famílias para todas as faixas de idade.

Na passagem do quarto trimestre de 2020 para os três primeiros meses deste ano, o IPC-3i teve recuo de 1,27 ponto percentual, de 2,81% para 1,54%.        

    De acordo com o Ibre, quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram queda na variação. O grupo habitação caiu de 3,4% para  -  0,37  %  e  foi a  principal  contribuição  para  o  desempenho   do indicativo. 

     A tarifa de eletricidade residencial, foi o item que mais influenciou o comportamento desta classe de despesa, com a variação de -6,44% no primeiro trimestre, enquanto no período anterior foi 11,68%.


A queda da IPC-3i também sofreu influência dos grupos alimentação, que passou de  5,91 %  para  1,40 %;  educação,  leitura  e  recreação saiu de 5,4% para -2,43%; e comunicação de 0,42% para 0,02%.

 O Ibre destacou nestas classes de despesa o comportamento de itens com quedas significativas como hortaliças e legumes de 15,79% para -1,82%, passagem aérea de 29,91% para -20,63% e tarifa de telefone residencial de 1,80% para estabilidade.

Os comportamentos negativos com avanço nas taxas de variação ficaram por  conta  dos  grupos  transportes,  que  tiveram  alta  de  2,23 %  para 7,16 %,  saúde  e   cuidados  pessoais  saindo   de  0,39 %  para  1,24 %, despesas  diversas  que  passou  de  0,45 %  para 0,88 %  e vestuário de 0,54% para 0,63%. 

    Nestas classes de despesa, houve influência da gasolina cuja variação cresceu de 3,4% para 21,84%, médico, dentista e outros de 0,09% para 2,05%, cigarros de -0,93% para 1,85% e calçados femininos de -0,30% para 2,07%.
IPC-3i

Esta versão do IPC foi desenvolvida com base na Pesquisa de Orçamentos Familiares, realizada pelo FGV IBRE no biênio 2002 / 2003,  e  analisou  o orçamento de famílias compostas, majoritariamente, por  indivíduos  com mais de 60 anos de idade.  Com o indicador,  é possível observar  como  a variação dos preços de produtos e serviços atinge o custo de vida de parcela crescente da população brasileira.

           Segundo a FGV, "além de medir a evolução do custo de vida para indivíduos com mais de 60 anos de idade, o IPC-3i  serve  de  referência para a execução de políticas públicas nas áreas de saúde e previdência".

Por Cristina Indio do Brasil da Agência Brasil

Edição: Valéria Aguiar