Montenegrinos ilustres



 Com a aproximação dos 150 anos de Montenegro iniciamos estudos para uma série de postagens sobre o  Município,  antecipando  as  festividades que devido as circunstâncias atuais não sabemos se poderão acontecer.


Montenegrinos ilustres


Vilson Pedro Kleinübing, governador de Santa Catarina 1991 - 1994


Nascido em Montenegro, no Rio Grande do Sul, era filho de Waldemar Kleinübing e Carmelina Pontin Kleinübing. Ele se formou em engenharia mecânica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, engenharia econômica pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), administração de empresas pela UFSC e finanças industriais pela UFSC.
Carreira política

Foi deputado federal de 1983 a 1987, prefeito de Blumenau de 1989 a 1990, governador de Santa Catarina de 1991 a 1994 e senador de 1995 a 1998. Em sua vida pública, exerceu ainda os cargos de secretário de Agricultura e Abastecimento de Santa Catarina.

Kleinübing era vice-líder do governo no Senado e um dos mais ativos senadores na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Sua atuação na CPI dos Títulos Públicos também evidenciou a preocupação com o zelo na fiscalização do endividamento público de estados e municípios, uma das principais competências do Senado Federal. Vilson Kleinübing era casado com Vera Maria Karam Kleinübing e teve três filhos: João Paulo, Eduardo e Diogo.
Morte

O senador Vilson Kleinübing (PFL-SC) morreu no dia 23 de outubro de 1998, aos 54 anos, vitimado por um câncer no pulmão, no Hospital da Caridade de Florianópolis. À época, ocupava o cargo de Senador, eleito pelo extinto Partido da Frente Liberal. Completou seu mandato no Senado Federal o médico Geraldo Althoff, ex-vereador de Tubarão, que era o primeiro suplente eleito em 1990. Foi sepultado no Cemitério Jardim da Paz de Florianópolis.

Augusto Licks, ex-guitarrista da banda Engenheiros do Hawaii.


Augusto Moacir Licks (Montenegro, 28 de maio de 1956), mais conhecido como Augusto Licks, é um jornalista e guitarrista brasileiro


Durante parte de sua carreira, foi guitarrista do cantor gaúcho Nei Lisboa, um dos grandes nomes da chamada Música Popular Gaúcha. Em 1987, entrou para o grupo Engenheiros do Hawaii, a convite do vocalista Humberto Gessinger (que tocava guitarra, mas assumiu o baixo elétrico devido à saída do baixista Marcelo Pitz). A formação Gessinger, Licks & Maltz (também conhecida pela sigla GLM) levou o grupo ao status de um dos maiores nomes do rock brasileiro dos anos 1980, e durou até 1994.

Ao sair dos Engenheiros do Hawaii, em 1994, escreveu artigos para diversos jornais e, por muito tempo, residiu na cidade de Montenegro. Em 2018, fez shows em parceria com seu irmão, José Rogério, e em 2020, participou do projeto "A Banda Que Nunca Existiu" (ABQNE).


Cláudio Hummes, cardeal brasileiro nascido na cidade de Brochier que, naquela época, pertencia à Montenegro


Dom Frei Cláudio Hummes, O.F.M. (Montenegro, 8 de agosto de 1934) é um frade franciscano, sacerdote católico brasileiro. Foi o décimo oitavo bispo de São Paulo, sendo seu sexto arcebispo e quarto cardeal. Na Cúria Romana foi prefeito da Congregação para o Clero.

Nascido com os prenomes "Auri Afonso", filho de Pedro Adão Hummes e Maria Frank Hummes, teuto-brasileiros, ingressou na Ordem dos Frades Menores em 1º de fevereiro de 1952, onde emitiu os primeiros votos no dia 2 de fevereiro de 1953 e professou solenemente no dia 2 de fevereiro de 1956, quando então mudou seu nome para "Cláudio".

Episcopado

Em 22 de março de 1975 foi eleito bispo-titular de Carcábia e bispo-coadjutor de Santo André, com direito à sucessão. Em 25 de maio de 1975, aos quarenta anos de idade, recebeu a ordenação episcopal, na Catedral Metropolitana de Porto Alegre, sendo sagrante principal Dom Frei Aloísio Leo Arlindo Cardeal Lorscheider, então arcebispo de Fortaleza, e consagrantes Dom Mauro Morelli, então bispo-auxiliar de São Paulo, e Dom Urbano José Allgayer, então bispo-auxiliar de Porto Alegre. Tomou posse a 29 de junho de 1975 e, a 29 de dezembro do mesmo ano, assumiu como bispo diocesano de Santo André, sucedendo a Dom Jorge Marcos de Oliveira.

Em 29 de maio de 1996 foi nomeado arcebispo de Fortaleza e a 15 de abril de 1998 foi transferido para a Sé de São Paulo, tomando posse em 23 de maio.

É considerado moderado, sendo preocupado com as questões sociais e zeloso em relação à doutrina da Igreja. Defensor dos direitos dos trabalhadores, foi uma voz de contestação ao regime militar brasileiro.



Pompílio Cylon Fernandes Rosa,
 ex-governador do Rio Grande do Sul



Pompílio Cylon Fernandes Rosa (Montenegro, 27 de maio de 1897 — Porto Alegre, 20 de junho de 1987) foi um advogado e político brasileiro. Governador do Rio Grande do Sul no período de transição do Estado Novo para a redemocratização.

No ano de 1923, diplomou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito de Porto Alegre, retornando após a sua terra natal, onde passou a exercer a advocacia. No ano seguinte foi eleito, em Montenegro, conselheiro municipal, o equivalente, hoje, ao cargo de vereador. Exerceu a presidência da Câmara de Vereadores até 1928. Após essa data, foi nomeado consultor jurídico da prefeitura.

Durante a Revolução de 1930, serviu como tenente na coluna do Nordeste, comandada pelo General Valdomiro Lima, seguindo para o Rio de Janeiro, onde participou da tomada do poder. Após a posse de Getúlio Vargas, regressou ao Conselho Municipal de Montenegro. Em 1934, foi eleito deputado estadual, sendo o mais votado, e integrando a Assembléia Constituinte, que, após, foi transformada em Assembléia Legislativa, na qual Cylon Rosa assumiu a Presidência da Comissão de Finanças e Orçamento.

Em 1937, Getúlio Vargas instaura o Estado Novo, centralizando o poder na figura do presidente. A Assembléia gaúcha, como as demais do pais, foi dissolvida. Cylon Rosa foi então nomeado diretor e, em seguida, presidente da Caixa Econômica Federal do Rio Grande do Sul.

Em 1945, Getúlio é deposto e o Estado Novo tem seu fim. Com a eleição à presidência da República do General Eurico Gaspar Dutra, Cylon Rosa é indicado pela presidência para governador do Rio Grande do Sul, tendo assumido o cargo em 7 de fevereiro de 1946. Em sua gestão, dedicou-se atenção às necessidades do setor rural, com bem sucedido combate às epidemias que dizimavam os rebanhos rio-grandenses. Ainda no seu governo, executou plano de implantação de usinas elétricas.

Promulgada a Constituição federal, foi marcado o dia 19 de janeiro de 1947 para as eleições da Constituinte estadual e do Governo do Estado. Cylon Rosa passou o cargo ao governador eleito, Walter Só Jobim, no dia 26 de março de 1947. Retorna, então, à presidência da Caixa Econômica Federal.

Em 1950 tenta voltar ao governo do estado pelo voto direto, pelo PSD, mas é derrotado pelo também ex-interventor Ernesto Dornelles, candidato pelo PTB e que fez 50 mil votos a mais que Cylon Rosa. Getúlio Vargas, que é eleito presidente no mesmo pleito, em 1952 convida Cylon Rosa para assumir a diretoria da Carteira de Crédito Geral do Banco do Brasil, no Rio de Janeiro. Em 1961, retorna à direção da Caixa Econômica Federal, no Rio Grande do Sul.

Cylon Rosa desempenhou, também, atividades profissionais na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. Depois, prestou concurso para o Arquivo Público, sendo nomeado para a Seção de História e Geografia do Departamento da Administração Pública Estadual. Mais tarde foi funcionário do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul.


Shana Müller, cantora nativista

hana Goulart Müller (Montenegro, 12 de fevereiro de 1980) é jornalista, radialista, cantora da música regional brasileira e/ou nativista, colunista do Jornal Zero Hora e apresentadora do programa Galpão Crioulo, da RBS TV, ao lado de Neto Fagundes.

Ela iniciou sua carreira musical no tradicionalismo gaúcho aos 8 anos de idade, tendo participado de várias edições do Fegart/Enart, como solista vocal e integrando os conjuntos vocais de grupos de dança, mas seus primeiros passos na música foram dados a partir da gravação de "Vitória-régia", com o cantor Wilson Paim, música de grande repercussão e que fez com que Shana se firmasse de maneira destacada no meio artístico cultural do estado. Posteriormente gravou mais duas composições com Paim: "O Beija-Flor e a Rosa" e "Recanto da Esperança", que também tiveram destaque.

Shana atuou por muitos anos no tradicionalismo gaúcho tendo sido, em 1993, Primeira Prenda Juvenil do RS, concurso promovido pelo MTG ( Movimento Tradicionalista Gaúcho). Em 2001, junto com o CTG Aldeia dos Anjos, participou do Festival Mundial de Folclore de Drumondville, no Canadá, gravando o disco The Sound of the South Brazil (O Som do Sul do Brasil), interpretando várias músicas do repertório nativista e do folclore rio-grandense. Neste mesmo ano, integrou o espetáculo "Palco do Rio Grande"criado e dirigido por Luiz Carlos Borges, onde cantou ao lado de nomes consagrados da música regional do sul, como Loma, Vinicius Brum, Victor Hugo, entre outros, interpretando o repertório do Conjunto Farroupilha e do Grupo Os Gaudérios. Além da carreira de cantora, Shana também atua como apresentadora de eventos. É formada em Jornalismo pela PUCRS e radialista pelo curso da Feplam. Trabalhou de 2000 à 2006 na Rádio Rural, veículo integrante do setor rural do grupo RBS, onde exerceu as funções de Coordenadora de jornalismo, apresentadora do programa Na Estrada dos Festivais e Revista Rural, além de ter integrado a equipe do projeto de festivais nativistas, transmitindo mais de 100 eventos de várias cidades gaúchas e catarinenses.

O ano de 2004 marcou a retomada da carreira musical de Shana Müller. Com músicas da linha campeira rio-grandense e do folclore latino-americano, lançou seu primeiro trabalho destacando novamente a presença feminina na interpretação das temáticas regionais, cantando milongas, chamamés, chacareras e zambas argentinas. Preenchendo um espaço feminino que existia nesta linha de interpretação, Shana Müller traz em sua voz a garra da mulher gaúcha, cantando o campo, a história e a lida do gaúcho. Nessa época participou de diversos festivais de música do estado e realizou espetáculos também nos estados de SC e PR. em 2006 lançou firmando o Passo (Usa Discos), confirmando seu espaço no cenário da musica regional gaúcha.

Depois veio o disco Brinco de Princesa, que lhe rendeu o Premio Petrobras Cultural, com a turnê Homônima que Shana apresentou em diversas capitais brasileiras, como RJ e SP, além do disco ter vencido o prêmio Açorianos de música como Melhor Álbum Regional e ter dado a Shana o Premio de Interprete do ano em 2012.

Shana é considerada a cantora revelação da música regional gaúcha e faz parte da nova geração de músicos do Rio Grande do Sul. Shana Müller atuou em outros países, como Uruguai e Argentina, em festivais de folclore, dividindo o palco com nomes como Luiz Carlos Borges e Yamandu Costa por diversas vezes. Há dez anos representa o Brasil na Fiesta Nacional del Chamamé, evento de de noites que reune artistas da Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Em junho de 2008, esteve como convidada do show da grande cantora da América Latina, Mercedes Sosa, em Cachoeira do Sul e Porto Alegre, em sua última apresentação no Tearo da Ufrgs. Shana integra, também o espetáculo Buenas e M’espalho, projeto no qual divide o palco com Érlon Péricles, Cristiano Quevedo e Ângelo Franco, com o qual lançouç dois discos e venceu, também, o prêmio Açorianos de Música na categoria Regional como Melhor Disco do Ano, Em 2 de agosto de 2012, a RBS TV transmitiu pela primeira vez o Galpão Crioulo sendo apresentado por Shana Müller e Neto Fagundes. O programa foi gravado durante a Expointer 2012.

Em 2016 Shana lançou seu novo trabalho, o primeiro DVD: Canto de Interior. Gravado em uma fazenda localizada na Quarta Colônia da Imigração Italiana do RS, dentro de um grande galpão de pedras que transformou-se em palco para as canções que retratam um Rio Grande do Sul dialogando com o mundo. Com Direção Musical de Duca Leindecker e Direção Geral de Rene Goya, o Dvd foi produzido pela Estaçao filmes e conta ainda com um documentário de 40 minutos, que conta com roteiro de Shana e Goya, onde se apresenta a trajetória da cantora no tradicionalismo gaúcho e o quanto essas vivências interferiram em suas atividades profissionais de hoje.

No repertório do DVD canções de Fausto Prado, Antnio Villeroy, Érlon Péricles, Zelito, regravações, como Piazito Carreteiro , de Luiz Menezes, Um vistoso na tropa, de Luiz Marenco e Gujo Teixeira e flor de Ir embora, da carioca Fátima Guedes, transformado em chamamé. Nos extras, as participações especiais de Zelito, dos colegas de Buenas e M'espalho, Luiz Carlos Borges e o clipe da música el alma Vuela, que integrou a trilha sonora da novela Sete Vidas, da rEde Globo.

Fonte:

https://pt.wikipedia.org

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