Porque o arroz, o feijão e outros itens da cesta básica estão aumentando...



 Porque o arroz, o feijão e outros itens da cesta básica estão tão caros

 

Quem está acostumado a fazer as compras de supermercado já notou que os preços subiram muito nas últimas semanas. Um pacote de cinco quilos de arroz pode chegar a quase R$ 20 em algumas localidades do Estado. O óleo, o trigo e o feijão, itens da cesta básica, também acumulam altas que podem comprometer o orçamento familiar.

A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) emitiu uma nota afirmando que o setor supermercadista tem sofrido forte pressão de aumento nos preços de forma generalizada repassados pelas indústrias e fornecedores. Itens como arroz, feijão, leite, carne e óleo de soja com aumentos significativos.

“Conforme apuramos, isso se deve ao aumento das exportações destes produtos e sua matéria-prima e a diminuição das importações desses itens, motivadas pela mudança na taxa de câmbio que provocou a valorização do dólar frente ao real. Somando-se a isso a política fiscal de incentivo às exportações, e o crescimento da demanda interna impulsionado pelo auxílio emergencial do governo federal”.

A nota reconhece, ainda, o importante papel que o setor agrícola e suas exportações têm desempenhado na economia brasileira. “Mas alertamos para o desequilíbrio entre a oferta e a demanda no mercado interno para evitar transtornos no abastecimento da população, principalmente em momento de pandemia do novo Coronavírus (Covid-19). O setor supermercadista tem se esforçado para manter os preços normalizados e vem garantindo o abastecimento regular desde o início da pandemia nas 90 mil lojas de todo o país”, informa a entidade.

Segundo o comunicado, a Abras tem dialogado com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e representantes de todos os elos da cadeia de abastecimento. “Apoiamos o sistema econômico baseado na livre iniciativa, e somos contra às práticas abusivas de preço, que impactam negativamente no controle de volume de compras, na inflação, e geram tensões negociais e de ordem pública”.