O mercado de seguros nacional fechou o ano de
2019 com arrecadação de R$ 270,1 bilhões, excluindo saúde suplementar e o
seguro de DPVAT. O aumento nominal sobre o ano anterior foi de 12,1%.
Descontada a inflação, o aumento real em comparação a 2018 foi de 8,1%.
Os dados foram divulgados, hoje (13), pela Confederação Nacional das
Seguradoras (CNSEG).
“O resultado foi bom”, comemorou o presidente da CNSEG, Marcio Coriolano.
De 2009 a 2014, o setor de seguros brasileiro cresceu mais de dois
dígitos, superando o aumento do Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos
bens e serviços produzidos no país), com maior crescimento, de 21,7%, em
2012, “quando o Brasil estava bombando”, disse Coriolano.
Com as expectativas econômicas começando a melhorar no ano passado, o
setor de seguros experimentou uma recuperação significativa, mostrando
mudança no perfil dos contratos, com a busca pela proteção contra
infortúnios eventuais, explicou Coriolano. As provisões técnicas que
garantem os riscos do sistema atingiram a cifra inédita de quase R$ 1,2
trilhão, ativos que retornam ao país sob a forma de lastro para
financiamentos e pagamento da dívida pública.
Expectativas
Para 2020, as expectativas são de que o setor segurador poderá
repetir o índice alcançado no ano passado, com destaque para os seguros
de saúde e vida, acumulação, patrimoniais, rural, grandes riscos de
engenharia e de transporte, crédito e garantia, marítimo e aeronáutico.
“Esses setores vão alavancar mais os seguros”, disse Coriolano,
acrescentando que tudo vai depender do aumento da produção industrial e
da recuperação dos setores da indústria nacional.
Em uma avaliação pessimista, a CNSEG prevê que o aumento do setor
segurador em 2020 poderá atingir 6,7%, subindo essa taxa para 13,4%, em
uma perspectiva otimista. O índice será alinhado ao longo do ano, disse
Marcio Coriolano, acrescentando que o avanço menor ou maior vai depender
dos rumos da economia, incluindo três fatores principais, a produção, o
emprego e a renda.
Alana Gandra da Agência Brasil