Governo e Fiesp firmam acordo para capacitação de detentos e para egressos do sistema penitenciário




O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, assinaram hoje (14), em São Paulo, um acordo de cooperação técnica para oferecer capacitação profissional a detentos e para egressos do sistema penitenciário. Por meio desse acordo, a capacitação será feita pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

Além disso, o acordo prevê a troca de informações sobre crimes cibernéticos e o combate ao roubo de cargas. Segundo Paulo Skaf, a ideia é que o projeto comece a funcionar no próximo ano.

“Nossa compreensão é que o setor público ganha muito [estando] aliado ao setor privado. A Fiesp é uma federação importante, que une as indústrias do estado de São Paulo e nós entendemos que podemos fazer uma espécie de acordo ou de aliança neste primeiro momento, por meio do qual poderemos pensar em alguns modelos. Por exemplo, hoje em dia há uma preocupação muito grande com ataques cibernéticos e isso exige recursos financeiros e humanos significativos que, muitas vezes, o setor público tem dificuldade em providenciar”, disse o ministro. 

Segundo Moro, uma ideia é construir algum modelo em que o setor privado possa colaborar com recursos financeiros e humanos e o setor público com orientação para otimizar pesquisas para prevenir crimes cibernéticos.

De acordo com o presidente da Fiesp, o acordo de cooperação prevê a formação profissional dos egressos do sistema penitenciário, que já cumpriram pena, e também a formação dentro dos presídios para que haja possibilidade, uma vez cumprida a pena, do egresso ter trabalho e uma profissão. Segundo Skaf, uma pesquisa feita pela entidade apontou que entre 70% e 80% das pessoas que cumpriram pena e saem dos presídios acabam voltando para o crime quando não tem uma profissão ou trabalho. “Dando uma formação profissional, isso será um facilitador para que ele arrume emprego e não volte ao crime”, disse.

Elaine Patricia Cruz da Agência Brasil 

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