Melhorar o que já está bom na Casa do Produtor de Montenegro




Ouvir, diretamente dos produtores, “o que seria necessário para melhorar o que já está bom”, cita o Vereador Juarez Silva (PTB), se referindo à Casa do Produtor. Finalidade da reunião quinta (28) pela manhã, na Câmara, que também cogitou iniciativas que poderiam ser adotadas para o espaço ficar totalmente ocupado por feirantes, o que no momento não está acontecendo.

O encontro contou com a participação de Vereadores e representantes de entidades.

“Quanto mais pudermos utilizar produtos produzidos no nosso interior, oferecidos à comunidade em espaços públicos, e houver mais possibilidades do produtor vender seu produto, aqui, considero que isto seria importante para quem produz e vende, e também àquele que compra um produto saudável, puro, produzido aqui no nosso município”, disse o Vereador.

“Gostaríamos de ouvir de vocês que problemas estão enxergando, que poderiam estar provocando o esvaziamento da Casa do Produtor, para que juntos possamos verificar o que dá para ser feito para que melhore, de forma a atrair mais consumidores. O que vocês acham que deveria ser feito para melhorar o andamento dos trabalhos no local?”, questionou Juarez. 

Produtores lembraram que, nos últimos seis meses houve o fechamento de cinco boxes. Um participante contou ter ouvido reclamação de cliente, de que foi duas vezes à Casa e não achou nada do que queria, referindo-se à falta de uma maior variedade de opções. “Gostaria de ver movimento dentro daquela Casa”, expressou uma produtora. Como providência para o estímulo e melhoria do ambiente da Casa, Juarez disse que propôs a sua climatização, que está em fase de estudo.

O feirante Claudiomiro Tomasi citou a importância de ser cumprido o que está disposto no regulamento interno da Casa do Produtor, mas defendeu a necessidade de que haja um incremento no conhecido espaço. “Estou lá não faz dois anos. Vendia cinco, seis caixas de ovos por semana, hoje eu vendo uma”, diz. 

Acredita que a queda nas vendas pode estar relacionada à diminuição do número de feirantes, e a consequente menor variedade de produtos. “Se tivesse maior quantidade para oferecer ao cliente, com certeza, ele iria até lá. Teria que se trazer mais feirantes para a Casa”, defendeu. 
“Convite não falta, para que haja a participação de mais produtores”, salientou a Chefe da Seção de Abastecimento da SMDR, Maria Cecília Bartzen, sugerindo que os existentes poderiam auxiliar no convite a novos membros. “O regramento da Casa pertence à Secretaria de Desenvolvimento Rural. A Vigilância Sanitária atua na questão da legalidade dos produtos, seguindo regras que são para todos”, diz Silvana Schons, informando que o calendário do órgão prevê uma maior quantidade de visitas ao local, este ano. 

“Vamos usar os métodos que a gente precisa usar, infelizmente. Apoio toda a negociação de vocês, de aprimoramento da Casa, sobre os produtos que devem ou não ser vendidos, desde que eles tenham legalidade. Aonde a Vigilância se deparar com uma situação, seja onde for, medidas serão as mesmas: autuação, recolhimento. O que a gente precisa é que os produtos cumpram as determinações legais. Por exemplo: se alguém quiser vender um vinho, um queijo, um ovo, tem que ter procedência”, colocou aos feirantes. 

Seguiram-se outras manifestações de feirantes, sobre a Casa. O vereador Juarez Silva, lembrando que não há nada que não possa ser revisto. Informou que todas as ideias dos produtores serão documentadas e será chamada uma nova reunião, mais ampliada, para verificar o que pode ou não ser alterado. “Construirmos algo junto, para que possamos dar um melhor destino para a Casa do Produtor”, defendeu. 

No final, foi definido que em abril será realizado um novo encontro com sugestões de medidas que serão apresentadas pelos próprios produtores. “São eles que conhecem a realidade, por isso, importante ouvir”, finaliza Juarez.