Até o final deste ano haverá o repasse de dois vencimentos ao Hospital Montenegro




Governo do Estado alega que atendimentos do HM não deveriam ter sido interrompidos

Em reunião realizada na tarde desta quarta-feira (14), na Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul, Prefeitos, Secretários Municipais de Saúde e Vereadores, participaram de uma reunião abordando questões referentes à Saúde na região do Vale do Caí. 

A pauta principal do encontro envolveu os atendimentos básicos suspensos pelo Hospital Montenegro nos últimos dias. Com, aproximadamente, R$ 5 milhões a receber do Estado, o HM através de seu Diretor, Carlos Batista, alegou que os médicos não querem mais trabalhar sem receber seus vencimentos.

O Secretário Estadual de Saúde, Francisco Paz, assume a grave crise financeira que o cenário está atravessando, contudo garantiu que até o final deste ano haverá, no mínimo, o repasse de dois vencimentos ao Hospital.

Questionado pela Vereadora Josi Paz, o Secretário foi enfático ao dizer que, juridicamente, pelo contrato vigente, o Hospital Montenegro não poderia suspender os atendimentos com o quadro apresentado. Para tal movimento, os atendimentos só podem ser interrompidos quando há quatro vencimentos em aberto, o que, segundo o Governo Estadual, não existe. "Do ponto de vista contratual, o Hospital não poderia parar com os atendimentos" - afirmou Paz.

Ainda, na oportunidade, o Prefeito de Montenegro, Kadu Müller, destacou que todos os repasses do município ao Hospital Montenegro, assim como à SAMU, estão rigorosamente em dia. "Estamos aqui, unidos, para termos alternativas junto ao HM que atende toda nossa região. A Saúde é reflexo de gestão e nossos compromissos, quanto Montenegro estão em dia, isso sem contar que ao município o Estado também está em dívida com seu repasse, ultrapassando a casa dos R$ 4 milhões" - disse Kadu.

Questionado quanto a data precisa dos dois repasses atrasados, o Secretário Francisco Paz não pode precisar um dia específico mas garantiu que os valores serão direcionados até o final do ano. Por fim, ainda, Paz lamentou que existe, atualmente, um "sistema subfinanciado para atender as demandas da Saúde".

Foto: ACOM