Problemas nas imediações do Top Center, na Rua Osvaldo Aranha


“Vamos pressionar para que sejam intensificadas as rondas, no local”: compromisso assumido pelo Vereador Talis Ferreira (PR), durante reunião na Câmara, quarta (19), que discutiu problemas nas imediações do Top Center, na Rua Osvaldo Aranha.


“Alguns moradores entraram em contato comigo. Ali parece que é algo à parte de Montenegro, uma terra sem lei. Tarde da noite, às vezes até de madrugada, há muita baderna, vandalismo, e presença de muitos menores de idade”, relatou.

Deise Cemin, representante do condomínio Ernest Bernhoeft, que faz divisa com o Top Center e a Igreja Episcopal do Brasil, conta que diversas vezes solicitou esta reunião, e que quase diariamente liga para a Brigada Militar, assim como outros moradores no Condomínio, “pois à noite não fica ninguém naquele local”.

Na visão do Reverendo da Igreja Episcopal, Ives Vergara, a situação está piorando: “diariamente, recolhemos várias garrafas de bebidas, consumidas exatamente na porta da Igreja. Há muitas bitucas de cigarro e outras. Diariamente temos que ficar coletando isto, além de terem pichado o próprio prédio da Igreja. Várias vezes a apagamos, pintamos, foram lá e fizeram novamente. Mesmo que esteja gradeada a escada de acesso à igreja, eles fazem questão de jogar as bitucas dentro, como uma espécie de provocação”.

Conforme o seu relato, já foram várias vezes obrigadas a ter que trocar os holofotes de luz, ali, “pois o pessoal depredava, quebrava, apedrejava, tivemos que colocar grade nos holofotes, para protegê-los, assim como grades em todas as janelas do templo”. Diz que se trata de um investimento em segurança “para nos proteger de algo que virou cotidiano, que é esta presença, este consumo de álcool até altas horas. Para nós fica o prejuízo, o mal-estar de ser na porta da Igreja”. Acrescenta que existem alguns frequentadores que são bem agressivos: “quebraram a chutes, duas vezes, o portão de trás da Igreja, a grade de uma sala do Top Center e a da sala vizinha”.

A síndica do Top Center, Rosana Felten, diz que quando chega, de manhã, constata que o local está repleto de garrafas de bebida. “À noite, não dava para sair com as crianças pela frente, por causa disto. É o cúmulo, sendo no centro da cidade”. 

Conforme o Tenente Luís Carlos, da Brigada Militar, é feito um planejamento semanal do policiamento, no qual se inclui a Rua Osvaldo Aranha e aquele prédio. “Fizemos abordagens e a identificação das pessoas, ali. Estão havendo prisões, por tráfico de drogas, como a que foi feita no final de semana passado”. Assinala que a Brigada está atuando “dentro dos recursos humanos e materiais disponíveis, que são muito escassos. Identificamos quem está ali, e o que estiver errado, haver algum foragido ou o uso de drogas, são adotados procedimentos. Quanto ao fato da quebra das janelas, a Brigada emite o Boletim de Ocorrência, para que a Polícia Civil possa fazer uma investigação. Tudo que acontecer de anormal, ali, nós temos que registrar”.

Disse ainda que a BM fica a noite toda fazendo o patrulhamento, pela cidade, passando várias vezes por ali. “Se a situação estiver meio complicada, o pessoal pode ligar para a Brigada, que iremos até lá novamente quantas vezes for necessário à noite, de acordo com os recursos que dispomos, pois às vezes há apenas uma viatura para atender toda a cidade. Tenho certeza que, o que pudermos fazer para ajudar eles, ali, e as outras pessoas da comunidade, nós iremos fazer, estamos à disposição”.


O Vereador Talis sugeriu que acontecesse maior quantidade de rondas, ali, em diferentes horários. “Sabemos que há poucas guarnições nas ruas, pela falta de efetivo e de material, também. No horário em que normalmente é feito o policiamento, se nota que depois eles acabam retornando. Sugiro que ocorra em horários diferentes. Seria possível?”, questionou. 

Também participou Humberto Minks, Chefe da Guarda Municipal, assegurando que levaria o resultado da reunião para o efetivo da GM, “levando-se em conta que a Guarda tem o poder de polícia administrativo, podendo atuar nas praças, parques, escolas do Município, mas podemos ser colaboradores da Brigada Militar, quando, ao passar pelo local, constatarmos algo”.