A cada 10 brasileitos adultos, 4 possuem ou estão envolvidos com a criação de uma empresa



A cada 10 brasileitos adultos, 4 possuem ou estão envolvidos com a criação de uma empresa, segundo informações da última pesquisa do Global Entrepreneurship Monitor (GEM)", um consórcio internacional que no Brasil possui parceria com o Sebrae.

A pesquisa também mostra que seis entre dez dos empreendedores que estão criando ou já abriram uma empresa identificaram a oportunidade, mas estão despreparados para empreender, já que, por aqui, o empreendedorismo não é tema recorrente nas escola. Pelo menos, não era antes da da chegada da DreamShaper, uma startup cujo principal produto é um software que ajuda alunos a desenvolverem projetos de empreendedorismo.

A empresa foi fundada em 2014 e surgiu de uma ONG portuguesa, a Acredita Portugal. Os fundadores encontraram no Brasil um mercado potencial na área de educação e transformaram o sistema utilizado na ONG em uma plataforma educacional que desenvolve habilidades socioemocionais nos alunos. A ideia da empresa é proporcionar grande impacto social a um baixo custo.

Atualmente, a plataforma é utilizada no ensino fundamental, médio e superior em escolas públicas e privadas. Mais de 60 mil alunos já passaram pela plataforma e, em 2018, mais de 250 mil alunos farão uso da DreamShaper no Brasil. Segundo André Borges, um dos fundadores da DreamShaper, a previsão é de impactar mais de um milhão e meio de alunos até 2020.

"Na plataforma, o maestro é o professor. O DreamShaper é uma alavanca para professores trabalharem qualquer matéria com foco no desenvolvimento de habilidades socioemocionais dos alunos", explicou Borges em entrevista ao Canaltech.

No ensino fundamental, o projeto pode durar o ano todo, na universidade ou pós graduação, seis meses. Tudo é responsivo e pensado na otimização de recursos, com uso mínimo de dados. O projeto contempla um desafio por tela e traz ferramentas pedagógicas que ajudam o aluno a responder as provocações apresentadas.

O que torna o negócio viável é o preço. Empresas pagam R$ 18 por aluno anualmente para acessar o software, mas, segundo o empreendedor, a precificação pode variar de acordo com a escalabilidade do projeto. Quanto mais alunos utilizam a plataforma, menor é o custo, que pode chegar a R$ 16 por aluno ao ano (com a meta de usuários de 2020).

A empresa realizou um estudo para analisar o impacto social do uso da plataforma e, de acordo com a pesquisa, os alunos que usaram a DreamShaper por um ano aumentaram: 53,83% sua capacidade de organização; 54,3% a capacidade de planejamento; 50,96% a concentração e 58,05% a criatividade.