Meirelles sai do Ministério da Fazenda para concorrer a presidência



O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que deixou para o início da próxima semana a decisão se ficará na pasta ou se sairá do governo para disputar as eleições deste ano. Em entrevista a jornalistas após reunião com empresários em Porto Alegre, ele declarou estar interessado em disputar a Presidência da República.

“Eu devo anunciar uma decisão no início da semana que vem se, de fato, eu devo sair do ministério para disputar um mandato eleitoral ou se fico no ministério até o final deste ano. 

E, no caso de decidir por uma candidatura, qual seria o partido pelo qual eu sairia”, declarou Meirelles após participar de evento promovido pela Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul).

Ao ser perguntado sobre que cargo gostaria de disputar, Meirelles respondeu que, no momento, considera concorrer à Presidência da República. “Fui convidado duas vezes para concorrer ao cargo de vice e, nas duas vezes, neguei a proposta”, declarou, em áudio divulgado pelo Ministério da Fazenda.

Atualmente, Meirelles é filiado ao PSD e disse que está em negociações em relação a qual partido poderia sair candidato. O ministro ressaltou que é importante que seja uma legenda "coerente" com sua trajetória. 

Ele evitou falar se está de saída do PSD, mas elogiou o MDB, partido do presidente Michel Temer. “O MDB é diferente porque o MDB certamente está num momento em que tem tamanho, tem história, é o grande partido do governo e tem o presidente da República atual”, disse.

Crescimento

Na palestra aos empresários, o ministro reiterou que as reformas estruturais postas em prática pelo governo, como o teto de gastos, a reforma trabalhista e as reformas microeconômicas para reduzir a burocracia, estão dando resultados. 

Meirelles reiterou que a economia brasileira deverá crescer 3% em 2018 e gerar 2,5 milhões de empregos. Segundo ele, o governo trabalha agora para a aprovação da “Ponte para o Futuro 2”, conjunto de 15 pontos anunciados no mês passado como alternativa a suspensão da reforma da Previdência. O ministro diz que há “grande convergência” na base aliada em torno das medidas.

Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil

Edição: Amanda Cieglinski