Realização da Semana Farroupilha em Montenegro

 
“Estamos vendo que, realmente, vai sair o Desfile Farroupilha. Chegou a ser cogitado até que não iria acontecer”, comemorou o Vereador Felipe Kinn da Silva (PMDB) -“Joa”, na manhã de quarta (23), em mais uma das reuniões que vem promovendo sobre o assunto desde 23 de maio, quando houve a primeira. “Estão unidos a ATM e Comissão Organizadora”, saudou.

No encontro aquele mês, manifestada a preocupação dos tradicionalistas quanto a pendências na prestação de contas do ano anterior, o que poderia impedir o recebimento de verbas públicas para a realização das festividades em setembro
 
No início da reunião desta semana, Estevão Carpes, vice-presidente da Associação Tradicionalista Montenegrina (ATM), comentou que se estava aguardando a presença do presidente da comissão organizadora da Semana de 2016, o qual não compareceu, para que se tivesse um parecer quanto às 16 pendências apontadas na prestação de contas. “Não recebi mais nada”, afirmou Deisi Walber, da Secretaria da Fazenda.
 
Conforme o representante da ATM houve diversas movimentações quanto ao assunto ao longo do ano, sendo que após a Semana Farroupilha a Associação irá assumir esta prestação de contas e ver o que é possível sanar, lembrando que alguns itens dependem de haver dinheiro. “Nossa ideia é a de, assim que concluir a Semana Farroupilha, começar a atuar em cima desta prestação de contas, para resolver”, declarou.
 
Cita que, com a possibilidade de que a ATM arrecade recursos no evento, haverá a tentativa de se colocar alguma pendência em dia, principalmente à relativa ao pagamento de impostos atrasados.
 
Salientado o papel da Associação que congrega os tradicionalistas. “Se não ajudarmos as entidades hoje, termina o tradicionalismo porque são elas que reúnem a gurizadas nas invernadas-mirim, nas campeiras, nas atividades que trazem as crianças para a área campeira, como os pequenos laçadores, o piazito”, comentou Estevão. “A continuação das atividades do tradicionalismo depende muito das entidades, se elas terminarem, termina o tradicionalismo”, avaliou.
 
Arthur da Silva, patrão do Piquete XV de Novembro, reforçou: “temos que nos voltar ao tradicionalismo, até para não perder nossas raízes”. Disse que atualmente é difícil quem queira ser patrão de entidade, pois é um desgaste enorme mantê-la funcionando. “Quanto mais ajuda vier do setor público, mais se terá respaldo no caso de alguma dificuldade”.
 
O Diretor de Cultura, Marcelo Mello, cita que o tema já havia sido abordado em reunião com os tradicionalistas, na última segunda, e que algumas pessoas não tinham conhecimento do que já havia sido encaminhado, com relação ao assunto. “Nunca, na Prefeitura, foi cogitada a possibilidade de que não fosse realizada a Semana Farroupilha”, afirmou, taxativo.
 
Acrescenta que a maneira de realiza-la este ano foi diferente do modelo adotado no anterior, que foi através de convênio da Prefeitura com a ATM. “Este ano, os grandes responsáveis pela realização serão as próprias entidades, que mostraram que na adversidade, elas existem e cresceram. Parabéns para vocês, a comunidade sai ganhando”. “Vamos cada vez mais fortalecer este elo, e aguardar esta Semana, que é tão esperada”, concluiu o Vereador Felipe Kinn.