Câmara de Montenegro Vai aos Bairros e cobra ações do Executivo


Vereadores continuam mantendo o projeto Câmara Vai aos Bairros e ao Interior, mesmo que o Executivo não venha realizando as demandas apontadas pela comunidade. Na noite de terça-feira (30), eles foram ouvir a comunidade do Bairro Imigração, sendo que um bom público esteve presente em sua sede social. Uma vez por mês, a Câmara se desloca ou para a zona urbana ou à rural.
  


 No início, quando os vereadores se apresentaram, ficou evidente seu desconforto com o comportamento da Prefeitura. 

 Lamentaram que praticamente nada que as comunidades solicitaram até o momento foi realizado. A esperança dos legisladores é de que o prefeito em exercício Carlos Eduardo Müller - “Kadu” tenha uma nova postura.

 A vereadora Josi Paz (PSB), presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos (CCDH), explicou o funcionamento do Projeto Câmara Vai aos Bairros e ao Interior. Em seguida, começou a chamar os inscritos para se manifestarem.

 O pronunciamento do empresário Saul Schoenell chamou a atenção. Ele disse que está trabalhando na estruturação de uma área na localidade. Sua preocupação é com o fato de que, com o novo Plano Diretor, o Bairro 

 Imigração passa a ser uma zona industrial. Schoenell comentou que, permanecendo desta forma, isto inviabilizaria lotes de moradia, pois é preciso respeitar as regras de ocupação de Zona Industrial. O pedido foi de apoio para que, na revisão do Plano Diretor o Bairro Imigração se torne, no mínimo, Zona de Expansão Urbana.
 Representando a comunidade, Geneci de Souza repetiu tudo o que foi solicitado em outras localidades, medidas simples de serem executadas, como: construção de parada de ônibus, limpeza das estradas, esgoto e iluminação pública. Pedidos como o do morador Osmar Breitenbach, difícil de entender porque a Prefeitura não o contempla.
 Reivindica a instalação de uma lixeira coletiva, e que o recolhimento do lixo tenha regularidade de dia e horário. “Eles passam na hora em que bem entendem e não têm cuidado com o recolhimento, rasgando as sacolas e deixando a sujeira ali mesmo”, desabafou Osmar.
 Mãe de um portador de necessidades especiais, Tamara Flores quer apenas o fechamento lateral e traseiro do abrigo de ônibus para que, nos dias de chuva, as crianças não fiquem expostas.
 O sentimento que ficou é o de que a comunidade está disposta a contribuir. “É só conseguir o material que a gente se junta e entra com a mão-de-obra”, finalizou o presidente da comunidade, Carlos Rodrigues. 

 Nos próximos dias os vereadores, junto com representantes do bairro, irão ao Gabinete do prefeito oficializar a entrega das demandas apuradas. Em setembro, o projeto Câmara Vai aos Bairros e ao Interior estará na Vila Esperança.