Centrais Sindicais se reuniram no fim da manhã desta terça-feira para uma plenária para decidirem os últimos detalhes da greve geral marcada para a próxima sexta. De acordo com presidente da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Guiomar Vidor, a mobilização tem objetivo de iniciar desde das primeiras horas da sexta e seguir ao longo do dia.
“Serão mais de 20 carros de som que estarão circulando em Porto Alegre e Região Metropolitana, milhares de materiais estão sendo distribuídos pelas categorias e o movimento não se restringe só a Porto Alegre. Estamos vendo uma grande adesão no interior do Estado”, contou. “É uma resposta da classe trabalhadora brasileira contra este conjunto de reformas que estão sendo apresentadas pelo governo Temer”, afirmou ele, que criticou a reforma da Previdência: “São 38% dos brasileiros que morrem antes dos 65 anos. Isso é inviabilizar o direito da aposentadoria sem contar com as outras artimanhas que estão dentro do projeto”.
No final do protesto, as centrais sindicais devem se reunir, em um local ainda a ser definido, para o encerramento da greve geral. “O objetivo é construir desde das primeiras horas da manhã grandes mobilizações nas garagens de ônibus, manifestações nos principais entrocamentos da cidade e no final do dia coroar este movimento com um grande ato unitário das centrais sindicais e movimentos sociais”, projetou Vidor.
A plenária desta terça contou com a participação da Central Única dos Trabalhadores (Cut), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (Ugt), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e Nova Central Sindical de Trabalhadores.
Transporte irá paralisar
O transporte público será um dos serviços que vai paralisar na sexta-feira, segundo os sindicalistas. Conforme Vidor, assembleias estão sendo realizadas ainda entre os bancários, metalúrgicos e servidores públicos para definirem os procedimentos que farão no dia da greve geral. As escolas da Capital também vão paralisar na sexta.
“O êxito do movimento vai ser a unidade e a vontade de lutar das centrais e dos movimentos sociais contra as reformas da Previdência e Trabalhista, e também é em defesa pela solução para nós estancar esta sangria deste impasse político que o País vive. Dentro do nosso entendimento a solução é o convocamento das Diretas Já e o afastamento de Michel Temer”, relatou.
Vidor disse que conta com a participação da população. “Nós precisamos a partir deste momento que toda sociedade venha aderir a este movimento e dizer um não retumbante a tudo isto que está acontecendo no País”, concluiu.