Está em situação crítica o antigo prédio defronte ao Cais do Porto, onde funcionou a Aripe e a Cootravale, e que no momento sedia parte das atividades da Ecocitrus e a Coofrutaf. Parte do telhado já desabou,
e desde 2012 um grupo vem tentando evitar o pior: a ruina total da estrutura.
Neste sentido, quarta-feira (31), atendendo requerimento dos Vereadores Cristiano Braatz (PMDB) – “Von” e Josi Paz (PSB) reuniram-se no Legislativo, representantes da Prefeitura, Vereadores, Ecocitrus, Coofrutaf e Movimento de Preservação do Patrimônio Histórico. O foco deste grupo de trabalho: agilizar o processo para que se possa, ainda em tempo, recuperar o telhado. O projeto completo prevê a criação da Casa da Citricultura.
Na abertura, Cristiano Von Braatz (PMDB) citou reunião no início de maio com o Prefeito Luiz Américo Aldana, tratando do assunto. Completando, Josi Paz (PSB) disse que, na oportunidade, Aldana assumiu o compromisso de resgatar o processo e dar-lhe andamento. “Precisamos ser rápidos, em função do próprio estado do prédio”, alerta a Vereadora.
Conforme o Secretário de Gestão e Planejamento, Evandro Machado, o processo foi aberto em 22 de abril de 2016. Na época, o prefeito deu autorização para que a obra fosse realizada. Porém, o Secretário da Fazenda alegou que não haveria recursos.
Machado conta que em fevereiro de 2017 o processo foi retomado, mas não há previsão no Orçamento deste ano do Município, e nem mesmo aporte financeiro. “Estamos incluindo-o no Plano Plurianual 2018/2020 para, dentro da viabilidade, mediante Parcerias Público-Privadas ou emenda parlamentar, se buscarem os recursos que, num orçamento atualizado, giram em torno de R$ 380 mil”, explica.
Ernesto Kasper disse que, por sua iniciativa a Ecocitrus, diante das dificuldades do Executivo, contratou um escritório arquitetônico para a realização do projeto de recuperação do prédio. “Somos parceiros para que neste espaço seja criada a Casa da Citricultura, onde possa ter um museu da bergamota montenegrina”.
Prosseguindo, Kasper comentou que este processo teve início ainda no governo do Prefeito Percival Oliveira, e não evoluiu. De forma pragmática, cita que são sabidas as dificuldades financeiras do Município. Porém, há outras fontes de recursos que poderiam ser acessadas, como as emendas parlamentares. “Somos parceiros neste trabalho coletivo, é preciso que a Prefeitura encampe a ideia”, ressalta o diretor da Ecocitrus.
Rapidamente, o Secretário de Gestão, Evandro Machado, deixou claro que há total interesse da Administração em recuperar o prédio, iniciando pelo telhado, mas estariam faltando recursos financeiros, em função da crise econômica. Kasper informou que, por questões de gestão, a Ecocitrus também está saindo do prédio, dentro do qual apenas 20% de sua área podem ser ocupadas, já que na restante o telhado desabou.
O arquiteto André Schoellkoff acredita que agora o custo do projeto será menor, com o entendimento do Movimento do Patrimônio Histórico de que poderia ser usado o mesmo tipo de telhado da antiga Usina Maurício Cardoso (atualmente sede da Câmara de Vereadores). “Vamos formatar o projeto e o orçamento, o que irá permitir a este grupo buscar recursos através de emenda”, reforça.
Representando o Movimento do Patrimônio Histórico, Mauro Kray e Hedi Thomsen compreendem que é preciso ter bom senso, que a opção por telha aluzinco ao invés de cerâmica se dá em função de custos, e também pela harmonia com o prédio onde hoje está a Câmara de Vereadores.
Em 30 dias, os técnicos da Prefeitura devem efetuar um reestudo com os orçamentos adequados, e irão apresentá-lo em novo encontro na Câmara, marcado para o dia 3 de julho, às 9h.