Nova plataforma consumidor.gov.br, que incentiva a resolução de conflitos de consumo de forma consensual e online,
passará a incluir as concessionárias de serviços públicos, segundo o
secretário Nacional do Consumidor, Arthur Luís Mendonça Rollo. A
ampliação deve ocorrer nos próximos dias.
“Hoje temos cerca de
350 empresas na plataforma, que são as empresas mais reclamadas. Mas
existe uma demanda da Fundação Procon aqui de São Paulo para a gente
incluir as concessionárias de serviços públicos, que é o que pretendemos
fazer agora nessa etapa para ampliarmos ainda mais nosso índice de
solução. Quero fazer isso nos próximos 15 dias. Mas isso depende da
adesão voluntária das empresas”, disse Rollo após renovação de parceria
entre a secretaria e o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).
De
acordo com o secretário, a plataforma consumidor.gov.br tem tido um
índice satisfatório de solução de conflitos e ajudado a diminuir os
litígios judiciais ligados a direitos do consumidor.“Utilizando essa
plataforma, que tem um índice de solução de cerca de 80% dos conflitos,
com certeza, ingressam menos processos no Poder Judiciário e a pessoa
tem a satisfação de seu direito de forma mais breve e uma solução muito
mais rápida”, disse.
A renovação da parceria para que o consumidor.gov.br continue sendo disponibilizado no site do tribunal foi assinada por Rollo e pelo presidente do TJSP, desembargador Paulo Dimas de Bellis Mascaretti.
Segundo
o desembargador, o serviço tem ajudado a diminuir “os litígios e
demandas desnecessárias” na Justiça e aumentado o diálogo entre os
consumidores e fornecedores. “Temos que mudar a cultura de que qualquer
litígio precisa ser solucionado pelo Judiciário. As pessoas têm que
aprender que, em primeiro lugar, devem procurar seus direitos, mas
procurando estabelecer, de forma positiva, um diálogo com o fornecedor. E
também é preciso criar uma mentalidade para as empresas, mostrando que
elas têm uma responsabilidade social e, a empresa que trabalha no
sentido de atender melhor ao consumidor e que tem menos litígios na
Justiça, agrega um valor corporativo importante.”
Conciliação
A plataforma funciona como um meio de conciliação entre os consumidores e os fornecedores ou empresas. Por meio do site consumidor.gov.br,
o consumidor pode registrar sua reclamação. O fornecedor dá uma
resposta e todo esse processo é supervisionado pelo Estado. “A pessoa
faz uma reclamação, o sistema manda uma mensagem para a empresa e
convida a empresa a solucionar a demanda desse consumidor. É uma
plataforma de automediação. É um site oficial do governo federal que intermedia a solução de litígios o governo federal apenas supervisiona”, explicou Rollo.
Desde que foi lançada, em 2014, a plataforma registrou 560 mil demandas respondidas em todo o país por 370 empresas participantes. Só no ano passado foram registradas 288 mil reclamações, com índice médio de solução atingindo 80%. O prazo médio de resposta tem sido, em média, de seis dias.
Desde que foi lançada, em 2014, a plataforma registrou 560 mil demandas respondidas em todo o país por 370 empresas participantes. Só no ano passado foram registradas 288 mil reclamações, com índice médio de solução atingindo 80%. O prazo médio de resposta tem sido, em média, de seis dias.
Elaine Patricia Cruz da Agência Brasil
Edição: Luana Lourenço