Comunidade poderá opinar nas audiências públicas do Transporte Coletivo em Montenegro


 
“A comunidade vem nos cobrando maiores informações sobre este assunto”. Argumento do Vereador Felipe Kinn da Silva – “Joa”, que promoveu reunião na Câmara, esta semana, com a participação do Gerente Operacional da atual concessionária, a Vimsa, Júlio Hoerlle.

Também para obter maiores esclarecimentos “diante da afirmação do Secretário Valter Robalo, assegurando que o serviço de transporte terá sua continuidade normal apesar de ter vencido o prazo do contrato, pois foi prorrogado por mais um ano, ou até que a nova licitação esteja concluída”. 
 
Na mesma matéria de jornal, se recorda Felipe, o Secretário declarou que ano passado não houve tempo hábil para realizar a licitação, mas que “neste, obrigatoriamente, ela terá que sair”.
 
O encontro foi uma oportunidade para se discutirem questões sobre o serviço de transporte público. Perguntado pelo Vereador sobre se os ônibus da nova empresa a ser licitada irão contemplar a acessibilidade, Júlio respondeu que depende da inclusão deste item no edital, informando que a atual concessionária conta em sua frota com seis ônibus adaptados à acessibilidade. “Existe atualmente uma insegurança muito grande no mercado do transporte público, está se esperando algo do governo federal, que não tem vindo”, comentou.
 
Júlio considera que se esgotaram as possibilidades de as empresas poderem fazer alguma economia operacional dentro dos municípios e no estado, sendo que aguardam algum aceno do governo federal, em termos de redução de custos. Quanto à qualidade do transporte, o Gerente reconhece que todo mundo se queixa disto, com razão, e que quando começar-se a reduzir o número de horários, “seria a pior coisa no transporte público, a expectativa da população é de que eles aumentem, pois a dinâmica é esta, que se tenham mais ofertas, enquanto que no transporte, não, ele está se encolhendo e os custos aumentando cada vez mais”.
 
Por exemplo: o combustível diesel, que representa 20,5% do custo do transporte público. Júlio diz que também há um corporativismo muito forte, assim como a oferta de muitos direitos aos usuários. “Há um desgaste muito grande para que se contemplem os direitos sociais, o que é caríssimo, hoje”. 
 
Exemplifica: alguma pessoa que se considera no direito de não pagar passagem e não tem documento nenhum para apresentar ao motorista, se este lhe disser que tem que pagar, ela se sente ofendida por isto ter sido dito no meio de outras pessoas, sendo que tem que ser feito desta forma. Ela poderá entrar com o pedido de indenização por Danos Morais, aí a empresa tem que contratar advogado e tomar outras providências.
 
Perguntado sobre se a empresa teria interesse em voltar a receber 1,5 % do valor arrecadado com a venda de passagens para investir na construção de abrigos nas paradas, Júlio alegou que, quando havia esta determinação, a empresa pôde fazer além do que era exigido por lei, de forma que os abrigos novos eram colocados nas áreas onde havia maior incidência de usuários, assim como ela reformava os usados, o que, segundo Júlio, possibilitou a colocação de inúmeros abrigos no interior de Montenegro. 
 
O Gerente comentou que o retorno do incentivo é algo que teria de ser analisado, pois na visão do transportador, iria melhorar diretamente o transporte público. Com referência à nova licitação do transporte urbano, comentado que a comunidade poderá opinar nas audiências públicas.