O arcebispo emérito de São Paulo, cardeal dom Paulo Evaristo Arns, morreu, aos 95 anos, de falência múltipla dos órgãos, na quarta-feira, na capital paulista.
Dom Paulo estava internado no Hospital Santa Catarina para tratar de uma broncopneumonia desde o último dia 28, mas não ele resistiu ao tratamento.
Descendente de imigrantes alemães, dom Paulo nasceu na cidade de Forquilhinha, no sul de Santa Catarina. Aos 24 anos, ordenou-se padre.
Aos 44 anos, foi sagrado como bispo e indicado bispo auxiliar do então arcebispo de São Paulo cardeal Dom Agnelo Rossi.
Ao trabalhar na capital paulista, dom Paulo teve uma atuação marcante na região norte da cidade. Em outubro de 1970, foi promovido arcebispo metropolitano de São Paulo, permanecendo à frente da Arquidiocese de novembro de 1970 até maio de 1998.
Ao longo dos anos, dom Paulo conquistou reconhecimento internacional por sua atuação em defesa de presos e perseguidos políticos durante a ditadura.
No Brasil, foi também uma referência na luta por igualdade social e direitos dos pobres.
Dom Paulo escreveu mais de 50 livros e recebeu mais de uma centena de títulos nacionais e internacionais.