Natal deste ano foi mais magro tanto nas vendas quanto na abertura de postos de trabalho temporários, segundo previsão da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O volume vendido diminuiu 3,5% em relação ao mesmo período de 2015, o equivalente à movimentação financeira de R$ 32,1 bilhões até dezembro. Como consequência, a demanda por funcionários temporários diminuiu: foram ofertadas 135 mil vagas, o equivalente a 2,4% menos postos de trabalho no comércio varejista em relação a 2015.
"Voltamos ao patamar de 2012, quando foram contratados cerca de 135 mil temporários para cobrir o movimento de fim de ano", lembrou o economista Fabio Bentes, da CNC, em nota oficial.
O resultado representa o segundo ano consecutivo de recuo nas vendas e no emprego no setor. Os maiores volumes de contratação em 2016 foi no segmento de vestuário, com 62,4 mil vagas previstas, e de hipermercados e supermercados, com 28,9 mil vagas.
Os dois setores juntos representam 42% da força de trabalho do varejo e respondem por cerca de 60% das vendas natalinas.
O salário de admissão este ano de R$ 1.205, alta nominal de 9,5% em relação ao mesmo período do ano passado, mas uma elevação de apenas 0,6% se descontada a inflação do período.
O maior salário de admissão é do no ramo de artigos de informática e comunicação (R$ 1.403), embora o segmento responda por apenas 1,6% de todas as vagas criadas no varejo.
MARCO QUINTANA - Jornal do Comercio
Obs.: Os atrasos nos pagamentos dos funcionários públicos também foi motivo para diminuir as vendas do Natal 2016.
Obs.: Os atrasos nos pagamentos dos funcionários públicos também foi motivo para diminuir as vendas do Natal 2016.