O Facebook e o Instagram anunciaram quarta-feira, 22, o programa de empoderamento feminino #ElaFazHistória. O intuito do serviço, que conta com parceria da Organização das Nações Unidas (ONU), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e de ONGs feministas, é fazer com que mulheres contém as suas histórias de sucesso no setor de negócios, incentivando e inspirando outras mulheres para seguirem o mesmo caminho e realizarem seus próprios projetos.
“O empreendedorismo cria inovação”, afirma a fundadora da ONG feminista e parceira do programa Think Olga, Juliana de Faria. “Só que a inovação não pode vir de um lugar só. Precisa ter diversidade. Não pode vir só de homens bracos e de classe média.”
Assim, com esta apresentação, as redes sociais mostraram as principais ações do #ElaFazHistória. Em um primeiro momento, a hashtag irá reunir histórias e depoimentos de mulheres sobre conquistas pessoas, inspirando outras mulheres. Depois, o portal do programa irá celebrar as histórias em questão e as ajudará a propagar suas histórias para incentivar outras mulheres. Por último, ocorrerão ações em todo o País para capacitar e treinar estas mulheres interessadas em empreender e mudar suas realidades. Essa última fase ainda contará com um prêmio para reconhecer algumas histórias de empreendimento feminino.
“Queremos que o #ElaFazHistória se torne uma vitrine para as histórias de empreendedorismo feito por mulheres”, disse a diretora de empreendedorismo do Facebook para a América Latina, Camila Fusco. “Só assim, conseguiremos reverter o quadro de desigualdade do setor.”
Segundo dados divulgados pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), são 8 milhões de mulheres empreendedoras no País — já é um crescimento de cerca de 16% no último ano. Entretanto, de acordo com a ONU, a igualdade de gênero só será uma realidade daqui 81 anos, e, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres recebem apenas 80% dos salários dos homens em um mesmo cargo.
“As mulheres encontram no empreendedorismo para ter um trabalho mais igual”, afirma a diretora de projetos do Think Olga, Nana Lima. “Muitos feitos das mulheres foram apagados ou nem foram escritos. Precisamos de ferramentas para contar estas histórias e atingir a igualdade de gênero.”