O governo federal apresentou nesta semana um conjunto de medidas para aumentar a oferta de empréstimos e financiamentos na economia que totalizam R$ 83 bilhões. As ações foram anunciadas durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) em Brasília.
Os recursos vão reforçar a oferta de crédito para obras de infraestrutura, para o setor imobiliário, para o financiamento de máquinas e equipamentos, para o crédito agrícola, capital de giro para empresas e empréstimos aos trabalhadores.
O objetivo é dar fôlego para que pequenas, médias e grandes empresas melhorem o ritmo de negócios e abram vagas de trabalho com carteira assinada, gerando demanda e consumo, fazendo a roda da economia gerar crescimento.
Ao detalhar as medidas, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, disse que a finalidade do governo é ampliar a oferta de empréstimos e financiamentos.
“Nosso desafio é normalizar a oferta de crédito. No ano passado, houve uma queda real (descontada a inflação). Precisamos normalizar o crédito e para isso temos que usar melhor os recursos disponíveis”, disse.
Para reforçar os projetos de infraestrutura, estão sendo destinados R$ 22 bilhões em recursos do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS).
Já a construção civil receberá R$ 10 bilhões, também em recursos do FGTS.
Crédito rural e caixa das empresas
No crédito rural foi acertado que o Banco do Brasil ofertará R$ 10 bilhões para o pré-custeio da safra agrícola.
A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, avaliou a medida como bem-vinda, dizendo que o setor tem demanda por recursos.
Para melhorar o caixa dos empresários, o BNDES colocará R$ 5 bilhões para capital de giro para micro, pequenas, médias e grandes empresas.
O banco de fomento também ofertará R$ 4 bilhões de capital de giro específico para empresas exportadores financiarem os embarques dos produtos vendidos no exterior.
Também para melhorar o caixa das empresas, o governo passa a permitir que empresas refinanciem dívidas tomadas com o BNDES em anos anteriores usados na compra de máquinas e equipamentos. Para esse refinanciamento serão destinados R$ 15 bilhões.
Trabalhadores
Para estimular as pessoas a buscarem crédito, num incentivo ao consumo, o governo passa a autorizar que os trabalhadores usem até 10% do saldo que possuem na conta do FGTS e a multa do FGTS nas rescisões sem justa causa como garantia nos empréstimos no crédito consignado (crédito com desconto no salário).
Na avaliação do ministro Barbosa, se 10% dos recursos existentes nas contas do FGTS forem usados pelos trabalhadores nesse tipo de empréstimo, isso representará R$ 17 bilhões.
Para entrar em vigor, essa última medida terá que ser aprovada no Congresso.
Fonte: Portal Brasil, com informações do Palácio do Planalto, do Ministério da Agricultura e do Ministério da Fazenda