A Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia - Abraceel - defendeu ontem (26) o acesso de todas as unidades fabris instaladas no Brasil ao mercado livre de energia. Segundo a entidade, a medida estimularia o setor produtivo, com redução da taxa inflacionária e impulso ao crescimento econômico.
O mercado de energia no país é dividido entre a contratação regulada e a contratação livre. Na segunda modalidade, os consumidores livres compram energia diretamente dos geradores ou comercializadores, por meio de contratos bilaterais com condições livremente negociadas.
Segundo a Abraceel, “atualmente, apenas 15 mil indústrias no país têm acesso ao mercado livre, por força da regulação em vigor, sendo que o país possui cerca de 330 mil indústrias”. A entidade destacou que a previsão de preços “extremamente favoráveis” no mercado livre de energia pelo período de 2016 a 2020, “em função da sobra energética no sistema”.
Ainda de acordo com a Abraceel, dois estudos sobre o assunto projetam uma redução de 46% na conta de luz das indústrias que podem negociar diretamente no mercado livre de energia. A entidade disse que entregará os estudos na quinta-feira (28) ao ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga.
Procurada, a assessoria de comunicação do Ministério de Minas e Energia disse ainda não ter informações sobre possível reunião de Braga com a Abraceel. O ministério não se manifestou sobre o teor da proposta da entidade.
Edição: Maria Claudia
Agência Brasil