Todos os dias as pessoas abrem empresas e adotam o mesmo estilo gerencial do século passado ou anterior. Se é comércio, montam um loja bonitinha, contratam pessoas e lhes dão a responsabilidade de venda ou de aprovação de crédito ou até mesmo de segurança rígida da loja, baseada mais em preconceito do que em bom senso.
Se é uma empresa de serviços, na maioria das vezes, a contratação obedece o mesmo critério só que os proprietários exigem da funcionária ou funcionário um sorriso permanente --que se torna um sorriso falso, porque falta afinidade entre funcionário, o negócio e as expectativas dos clientes que esperam um atendimento moderno.
Contratam num dia e colocam para trabalhar nos dias seguintes, na bucha, sem treino, sem conversa, sem envolvimento com o negócio.
Os empreendedores que agem assim abrem mão de todas as maravilhas do século 21, com informações que mostram (aqui nesse espaço, inclusive) que os consumidores esperam, no mínimo, atenção personalizada, para que o lojista e vendedor, o atendente das empresas prestadoras de serviço sejam seus cúmplices.
Da mesma maneira que as notas fiscais de hoje em dia detalham os impostos que pagamos pelas mercadorias, o cliente do século 21 tem consciência que é ela (ou ele) quem garante o lucro do estabelecimento, o salário e a comissão do vendedor ou profissional que o atende.
Por isso, talvez esteja na hora de abrir uma loja ou um local para prestar serviços agregando tecnologias simples.
Por exemplo, a leitura dos principais sites de reclamações, indicaria ao empreendedor do século 21 os erros e desatenções a serem evitadas. As dicas estão todas lá, postadas por consumidores muito bem informados. E com a emoção e a raiva à toda.
É super importante ter cartões de crédito e de débito no comércio ou nos serviços. Mas é temerário repassar os principais dados do cliente apenas para as operadoras de cartão de crédito.
Poderíamos pelo menos tentar conseguir informações relacionadas com seus hábitos sociais e culturais, descobrir seus gostos, sonhos e vinculações com a família, com a vizinhança etc. E ter clareza do seu poder de compra.
Com esses dados, teríamos condições de nos manter presentes quando o freguês está fora de nossa loja ou empresa e poderíamos, também, recebê-lo preparados para ir direto ao ponto e nos tornarmos seu cúmplice.
Difícil?
Um pouco. Mas não por falta de tecnologia disponível. A dificuldade surge por nos satisfazermos com os métodos gerenciais e de venda do século passado enquanto nossos clientes já estão vivendo há vários anos no século 21.
É possível alcançá-los, se o empreendedor se esforçar e buscar ajuda para ajustar sua empresa.
Mas é possível também que os deixemos escapar pelos dedos, apesar das vitrines bonitinhas, do ponto até que legal e dos profissionais que o empreendedor contrata e coloca ali na frente da sua empresa.
Cada uma dessas decisões gera um custo fixo permanente que, somados, atrapalham mais do que ajudam a atrair uma clientela que busca na sua loja ou prestadora de serviços uma empresa do século 21.

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