R$ 45 milhões para minimizar enchentes ou cheias em Montenegro






Pode custar cerca de R$ 45 milhões a obra apontada como solução mais adequada para evitar que as cheias do rio Caí atinjam a área urbana de Montenegro. Este é o valor projetado por um grupo de técnicos contratados pela Metroplan, os quais concluíram que a construção de um dique e de um canal para desviar o rio são as ações mais eficientes para resolver o problema na cidade.

A proposta faz parte do plano de estudos para minimizar os efeitos das cheias no trecho do baixo rio Caí, cujo resultado foi apresentado em audiência pública na noite de quinta-feira, 9 de outubro, na sede da Fundarte, em Montenegro.

A reunião promovida pela Metroplan contou com a presença do prefeito Paulo Azeredo, do deputado estadual Vinicius Ribeiro e de representantes dos demais municípios incluídos no projeto: Pareci Novo, Harmonia e São Sebastião do Caí. O presidente da Metroplan, Oscar Escher, abriu a audiência explicando que o projeto foi elaborado por um consórcio formada pelas empresas Engeplus e Aerogel, que realizaram um estudo aprofundado sobre a bacia do rio Caí e apontaram as várias ações que podem ser feitas para reduzir os efeitos das enchentes nos quatro municípios. “Não queremos impor nada, mas sim construir juntos uma forma pacífica de resolver o problema”, salientou Escher.

Na sequência, um dos técnicos que elaborou o projeto fez uma descrição minuciosa dos estudos e das possíveis soluções. Foram apontados quatro cenários diferentes, que vão desde manter a situação atual, com os municípios apenas cobrindo os prejuízos de cada cheia, até a proposta mais impactante, com a construção de diques em todas as quatro cidades atingidas, além de um trecho da ERS-124, que também costuma ficar alagada. A maior obra é a que foi projetada para ser feita em Montenegro, onde além do dique seria feito um canal para desviar parte das águas do Caí antes do ponto em que o rio atinge o centro da cidade.

A construção deste canal não significaria um desvio total do rio, pois o trecho atual, e no qual se localiza o porto da cidade, seria mantido. O dique passaria ao lado do canal, e com a instalação de duas comportas seria usado para desviar apenas o excesso das águas no caso de enchentes. O estudo da Metroplan aponta que estas duas obras custariam cerca de R$ 45 milhões, mas existe a alternativa de construir apenas um dique. Este, entretanto, teria que ter uma extensão maior e custaria cerca de R$ 55 milhões. Além do mais, este outro dique teria de ser feito por toda a margem do rio na área central, o que significaria na prática separar a cidade do rio e afetaria o porto.

Ao final da exposição dos técnicos, foi aberta uma discussão com os participantes da audiência, que fizeram vários questionamentos afim de esclarecer dúvidas. Ao encerrar a audiência, o presidente da Metroplan anunciou que a partir de agora o órgão passará a fazer contatos direto com cada prefeito para definir os próximos passos do projeto, já com a intenção de buscar o licenciamento ambiental que possibilite a realização de um projeto executivo de cada obra. O prefeito de Montenegro, Paulo Azeredo, adiantou que é favorável à proposta do dique junto com o canal, por entender que ela representa a possibilidade real de impedir definitivamente que as cheias atinjam a cidade.