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| Audiência Pública no Teatro Cardona em Montenegro |
Estudo de alternativas para minimização do efeito das cheias do Baixo Rio Caí
O Rio Caí, notadamente em seu baixo trecho, tem se caracterizado como uma região extremamente suscetível à ocorrência de enchentes. Desde o início do século passado tem sido relatadas enchentes, com impactos sociais e econômico-financeiros significativos principalmente na cidade de São Sebastião de Caí.
Mais recentemente, após o início do monitoramento oficial dos níveis de água a partir da década de 40 do século passado, foram registrados diversos eventos relacionados a enchentes. Ainda com base nos registros, observa-se que nos últimos 14 anos (desde 2000 até a presente data), ocorreram 10 eventos críticos, resultando em uma média de um evento para cada 1,4 ano, mostrando assim uma intensificação na ocorrência de enchentes.
Vale ainda destacar, por exemplo, que a área urbana de São Sebastião do Caí, somente em um intervalo de dois anos, entre setembro de 2007 e 2009, foi atingida cinco vezes por inundações, sendo que as três últimas ocorreram num intervalo de apenas 45 dias, entre agosto e setembro de 2009. Em 2011, nova inundação ocorreu no mês de julho, atingindo 10 mil pessoas.
Devido a estes eventos, SOP (Secretaria de Obras Públicas) e a Metroplan contrataram os “Serviços de Consultoria Relativos ao Estudo de Alternativas para Minimização do Efeito das Cheias do Trecho Baixo do Rio Caí”. Os municípios de interesse para o estudo são aqueles cujas áreas urbanas localizam-se ao longo do curso do rio Caí, em sua porção mais baixa: Harmonia, Montenegro, Pareci Novo e São Sebastião do Caí.
Trata-se de um trabalho multidisciplinar que envolve conhecimentos de planejamento regional, ambiental e de recursos hídricos, aerofotogrametria, topobatimetria, hidrologia e obras hidráulicas, mobilização social, entre outros.
Confira nos links abaixo, o cronograma, os Relatórios do estudo, mapas de inundação dos municípios de Harmonia, Montenegro, Pareci Novo e São Sebastião do Caí, e os levantamentos topográficos realizados na região.
Os moradores dos Bairros Olaria, Municipal, Ferroviário, Centro e Tanac participaram em número significativo. Fizeram uma série de questionamentos, inclusive sobre o porquê da falta de informações ao público montenegrino quanto aos estudos e constatações observadas referentes ao impacto ambiental motivado pelos diques construídos nas lavouras de arroz em Capela de Santana.
Para alguns, tais diques são em grande escala responsaveis pelo aumento do nível da água na ocasião das enchentes. Inclusive fazem parte de um processo judicial do Ministério Público na Comarca de Portão e podem ser vistos em imagens do Google.