Bancos e o inicio do expediente às 10 h em Montenegro

 

A Câmara, através dos Vereadores Renato Kranz (PMDB), Márcio Müller (PTB), Rose Almeida (PP), Carlos Einar de Mello (PP) - Naná, Gustavo Zanatta (PP) e Marcos Gehlen (PT) - Tuco iniciou o debate sobre possível alteração do expediente bancário na cidade.

Ao invés de simplesmente apresentar projeto alterando das atuais 11h às 16h para 10h às 15h o horário de atendimento, os Vereadores iniciaram uma discussão com vários segmentos da sociedade.
O primeiro encontro aconteceu no plenário na manhã de quarta-feira (24), com participação do Banco do Brasil, Caixa Federal, Banrisul, Sicredi, Secretaria da Indústria, Comércio e Turismo, dos Sindicatos dos Metalúrgicos, da Alimentação, dos Bancários e dos Vereadores Renato Kranz (PMDB), Marcos Gehlen (PT), Ari Müller (PDT), Rose Almeida (PP) e Márcio Müller (PTB). Das mais de 20 entidades convidadas, nove compareceram.
Márcio Müller, o primeiro Vereador a assinar o Requerimento, disse que a Câmara foi provocada a debater o assunto, devido especialmente à demanda dos moradores do meio rural. “Chegamos a redigir um projeto. Porém, antes de dar início a sua tramitação na Câmara, decidimos ouvir vocês”, ponderou Márcio. Concluindo, disse que é importante saber se a mudança será, de fato, boa para a comunidade.
Na mesma linha, a Vereadora Rose Almeida destacou a importância do debate, da troca de ideias com a sociedade, para que se possa ter um diagnóstico melhor. Já Ari Müller citou que o interior realmente quer a mudança e que os lojistas também precisam ser ouvidos.
O presidente da Câmara, Renato Kranz, citou a presença dos Bancos públicos e do Sicredi, explicando que foram convidados todos os demais. Lamentou suas ausências e, ainda, de uma representatividade dos Sindicatos ligados ao meio rural. “Precisamos chegar a um consenso sobre o que é, de fato, melhor para a cidade: manter o horário atual ou mudá-lo”.
Representando o Sindicato dos Bancários, Rui Daniel de Moura disse não ver problemas na mudança, manifestando sua preocupação com a sobrecarga dos bancários. “Os funcionários dos Bancos estão adoecendo”, exclamou. Denuncia ainda que os Banqueiros estão pressionando para que ocorra o aumento da carga horária, de 6h para 8h diárias. “Isto sim, é prejudicial”.
Do Sindicato da Alimentação, Marcelino da Rosa classificou como fundamental a Câmara estar fazendo este debate com os setores da sociedade, ao invés de simplesmente aprovar o projeto. “Como usuários, percebemos a necessidade de que estejam abertos mais cedo”, completou.
Nenhum dos representantes das agências bancárias se posicionou contrário. Únicas observações foram quanto a rotinas de trabalho, tais como expedição do malote e outras questões logísticas. Também alegada a perda de uma hora para a realização de depósitos e encaminhamento de malotes por parte do comércio local.
O depoimento mais favorável partiu do gerente do Sicredi, Moisés Schlindwein. Em defesa da ampliação, citou vários questionamentos dos usuários quanto a não abertura da Agência do Sicredi às 10h, já que em praticamente toda a região ela ocorre neste horário.
 
O gerente do Banrisul, Valmor Margutti, comentou que atualmente muitos utilizam o sistema de envelopes para depósitos e que, se for alterado o horário para às 10h, a Agência irá se adequar.
Como nem todos os convidados compareceram e a própria Associação Comercial, Industrial e de Serviços, que estava presente, não tinha uma posição, alegando não ter feito este debate internamente, os Vereadores definiram como encaminhamento solicitar uma resposta por escrito de todos, no prazo de 30 dias, para que se possa dar encaminhamento ou não ao projeto.