Na noite de terça-feira foi aberta oficialmente a 12ª Feira do Livro de Montenegro e 7ª Feira do Livro do Vale do Caí. No início do evento foi entoado o Hino Nacional pelo Grupo de Piano da Fundarte. A Patrona Márcia Martiny disse que a tradicional sineta que abre e fecha a feira faz parte de uma tradição antiga, em diferentes ocasiões, “que chora ou entoa um grito melodioso”, disse Martiny e ratificou: “fazer parte do mundo das letras, causa em mim um encantamento”.
Ainda segundo a patrona, ler é desejar, escrever é brincar com os desejos. E sugeriu que a semana da praça seja de leituras. “E que nasçam novos leitores e que os sinos jamais dobrem pelos leitores, porque com a leitura nem um homem é uma ilha”, disse Márcia Martiny, numa referência ao romance ‘Por Quem os Sinos Dobram’, do escritor norte-americano Ernest Hemingway.
O Secretário Municipal de Educação e Cultura, João Moreira, disse que “todos os presentes são autoridades neste momento, pois quem está aqui é porque gosta de livro e de leitura”. O secretário lembrou que a Feira é um espaço para as pessoas que se dedicam às letras. “Esta Feira não começou hoje, é um trabalho de equipe que há tempos está sendo montada.
Magda Azeredo, Gerente do SESC Montenegro, instituição parceira na realização do evento, juntamente com a Prefeitura de Montenegro, lembrou que quando estudou na escola Delfina Ferraz, o diretor do colégio deixava os alunos tocarem a sineta, que depois foi substituída pela campainha. “As coisas mudaram, mas a fala da Patrona sobre a sineta, faz com que a gente se volte no tempo”. Magda também falou das atrações culturais, da presença dos autores de livros, numa saudação especial aos escritores montenegrinos. Ela agradeceu a participação das escolas, dos professores e diretores.
Ao se dirigir ao público, o prefeito em exercício, Luiz Aldana, reverenciou a todos como testemunhas de um grande momento. “A feira do livro deve ser um dos grandes momentos que se vive nesta cidade”, afirmou o prefeito em exercício. Aldana fez uma saudação ao jurista brasileiro Rui Barbosa, que dá nome a praça onde acontece a Feira do Livro. Segundo ele, os protagonistas devem ser os educadores, acadêmicos ou não, mas principalmente as crianças. “O valor deste encontro está na forma de defender a nossa liberdade”, disse Aldana. E fez uma saudação à Patrona Márcia Martiny, pela prospecção, livre expressão e o conteúdo espiritual, que, segundo ele, é o que consagra o ser humano. “Fazer poesia, se preocupar com crianças, é aí que a senhora se torna a Patrona da Feira do Livro, para comandar todas as atividades aqui, uma autoridade real, cultural, legítima pelo seu histórico”, disse.
Ao encerrar o pronunciamento, Aldana dedicou a Feira a todos os escritores e se reportou aos criadores da Academia Montenegrina de Letras como um grande estímulo a quem quer se expressar pelo pensamento. Após os pronunciamentos, se apresentou no palco principal o Sexteto da Fundarte.
Comentários