Concessão de incentivos a empresas em Montenegro


Concessão de incentivos a empresas instaladas foi pauta

Ao longo dos últimos anos a Prefeitura de Montenegro, através de leis, concedeu incentivos para várias empresas. Uma das últimas foi a Fujikura Cabos para Energia e Telecomunicações. 

Para todas foi estabelecida uma contrapartida que, muitas vezes, é a geração de empregos.

Para entender como está sendo executada a contrapartida e exercendo o papel de fiscalizador, que de fato é a sua função, os Vereadores Renato Kranz (PMDB), Marcos Gehlen (PT) - Tuco, Carlos Einar de Mello (PP) - Naná, Márcio Müller (PTB) e Rose Almeida (PP) realizaram reunião na manhã de sexta-feira (04) com o Secretário da Indústria Comércio e Turismo de Montenegro, Carlos Eduardo Müller - “Cadu” e o Diretor de Indústria e Comércio, Carlos Friederich.

O Vereador Marcos Gehlen - “Tuco” foi o primeiro a se manifestar, explicando que uma das motivações é a questão dos empregos. Com recorte de Zero Hora na mão, questionou porque a empresa Fujikura não fez este anúncio também nos jornais de Montenegro, solicitando profissionais: “fui procurar nos nossos jornais e não encontrei absolutamente nada”. 

O Vereador observa que isto pode ser uma demonstração de que se estaria querendo contratar pessoas de outras cidades, não priorizando os montenegrinos. “Publicar nos jornais locais poderia inclusive ser considerado uma ação de respeito para com a cidade”, enfatiza. Também trouxe à debate a questão da John Deere, que recebeu grandes incentivos, contrata empresas terceirizadas, em sua maioria de fora do município, bem como os seus colaboradores. “Precisamos discutir e ficarmos atento”, alerta. 

O Secretário da SMIC, Carlos Müller - “Cadu” disse que, por coincidência quarta-feira, antes desta reunião, esteve no canteiro de obras da Fujikura e na TW Transportes. Também se reuniu com a equipe da Secretaria para discutir a questão da carência de qualificação da mão de obra. Concorda que os montenegrinos precisam ser valorizados diante até mesmo dos incentivos, porém, é preciso fazer um trabalho de qualificação.

 “Nós iremos até as empresas para ver quais as suas necessidades, e também adaptar os cursos oferecidos para esta demanda”, afirmou Cadu. Como exemplo, citou a carência de Operador de Empilhadeira. Neste sentido de diagnóstico, Renato Kranz acredita que um bom caminho quanto à busca de um perfil para os candidatos aos cursos são as escolas de Ensino Médio e a Educação de Jovens e Adultos. 

Os estágios também vieram à pauta. Friederich, Diretor da SMIC, disse que estão trabalhando para que os alunos possam encontrar oportunidades de estágios dentro das próprias empresas nos cursos afins. 

Por último, Cadu comentou que todos os incentivos estão sendo fiscalizados e quando se encontra alguma divergência, este processo é encaminhado para a Procuradoria Geral do Município (PGM), a quem cabe tomar as medidas legais.