Filosofia do empreendedorismo

Filosofia do empreendedorismo

"O empreendedorismo como ferramenta para a realização de nossos sonhos e como inclusão comercial da classe menos favorecida".

Na correria nossa de cada dia não temos muito tempo para pensar na nossa vida e uma máxima me vem à mente: “Quem muito trabalha tem pouco tempo para ganhar dinheiro”. 

Conforme os anos passam algumas pessoas começam a se dar conta de que essa frase é uma grande verdade. Passam-se dias, noites, sóis e chuvas e os nossos sonhos continuam ali, discretos, encolhidos na parte mais oculta dos nossos pensamentos. Eles algumas vezes vêm à tona juntamente com aquela clássica frase: “Um dia vou abrir o meu negócio”, ou “Quando tiver dinheiro vou trabalhar com o que gosto”.


Em meio a pensamentos que cercam nossa mente consigo vislumbrar uma excelente ferramenta capaz de transformar sonhos em realidade e projetos em ações concretas. O Brasil é um país de pessoas criativas que se utilizam do empreendedorismo como forma de ascensão social e de inclusão comercial da classe menos favorecida. 

Em um país criativo, com pessoas sonhadoras, o que lhe falta, talvez, seja aquele “empurrãozinho” amigo, aquela leitura mais aprofundada do mercado em potencial e a concepção do empreendedorismo como hábito de vida que deve ser implantado nas gerações vindouras. Empreendedorismo como estilo de vida, através de hábitos saudáveis, onde desejo, força de vontade, sonhos e planejamento se entrelaçam para que as pessoas possam visualizar novos horizontes utilizando como ponte a inovação, gerando riqueza e uma enorme mobilidade social ascendente. 

Políticas públicas e privadas estão sendo implantadas gradativamente, mas ainda não são suficientes para quebrar os grilhões de mentes apequenadas e enclausuradas em anos e mais anos de uma pedagogia falha e em uma cultura de segurança e estabilidade que matou sonhos e podou grandes mentes empreendedoras.

A criação de hábitos saudáveis e inovadores na geração de hoje surtirá efeito na classe empreendedora daqui a alguns anos. O empreendedorismo como inclusão comercial possibilita a mobilidade social e dá “vida” àqueles que esqueceram como é bom sonharem acordados. 

Rodrigo Rezende, professor de economia da Faculdade Alfa de Umuarama

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