De acordo com as orientações da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), está sendo implantada, gradativamente, a Pastoral do Dízimo nas paróquias da Diocese de Montenegro, a partir da Teologia da Gratuidade, como expressão de fé, gratidão, partilha e espírito missionário. Para ajudar a compreender esse processo, foi elaborado e acaba de ser publicado um livreto de oito páginas com informações sobre o Dízimo, que pode ser entendido como nossa gratidão a Deus e expressão de fé e alegria.
Segundo o Bispo da Diocese de Montenegro, Dom Paulo De Conto, no texto de apresentação do referido material, “a caminhada cristã se fundamenta na catequese, na liturgia e no serviço da caridade. A ação pastoral requer o espírito já vivido nas primeiras comunidades: os cristãos colocavam em comum o que possuíam (cf. Atos 4,32). No modelo de Igreja que optamos, de comunhão e participação, o Dízimo como Partilha para manter a comunidade é uma opção eclesial. O dízimo é uma partilha fraterna e resposta concreta ao compromisso batismal. É partilha do que somos e temos. Assumir o Dízimo como forma de manutenção da comunidade eclesial é atender a dimensão missionária da Igreja, é viver profundamente o Evangelho”.
Confira alguns trechos da justificativa da Pastoral do Dízimo presente no livreto:
“É importante compreender que, sendo Igreja presente no mundo, os bens materiais lhe são indispensáveis para levar a todas as pessoas, sem exceção, a Boa Nova do Reino de Deus. Entretanto, ela os tem como um meio, jamais como um fim. A gratuidade, fundamentada no amor, caracteriza o agir de Deus e, consequentemente, a ação da Igreja. Isso pressupõe eliminar o termo “pagamento” na relação Deus-Igreja-Cristãos. A implantação do dízimo é um instrumento pastoral poderoso de renovação da comunidade. A motivação última e mais profunda que leva a uma opção pelo dízimo não é financeira, mas pastoral, visto que se traduz em sinal de pertença à comunidade, como exercício de um dom, e não como pagamento de uma conta”.
“O nosso Deus, que é capaz de esconder-se num pedaço de pão e num pouco de vinho, sabe bem o valor dos gestos pequenos e simples, mas capazes de carregar sementes de eternidade”.
“Em 1970, os bispos do Brasil elaboraram um plano para a implantação do sistema do dízimo, de forma gradual, em todas as Dioceses do Brasil. Decorridos quase 50 anos, poucas paróquias ousaram abolir as taxas e motivar para a experiência da contribuição espontânea e consciente dos cristãos através do dízimo, levando-os, assim, a participarem efetivamente da missão evangelizadora da Igreja, nas dimensões religiosa, missionária e social. A consciência sobre o dízimo não nasce de forma espontânea e não cresce repentinamente, mas é fruto da experiência de Deus em nossa vida”.
“Comunidade é comunhão de vida. Dela participar é, concretamente, assumir serviços e colaborar para sua manutenção. O dízimo é, pois, o desafio da comunhão e da participação comunitária. Quando estocamos, o resultado é a escassez; quando partilhamos, o resultado é a abundância. Isso vale para alimentos, bens e sentimentos; vale para a vida, pois, na dinâmica da generosidade, da solidariedade e da gratuidade, dividir é multiplicar”.
Conheça os membros da equipe da Pastoral do Dízimo Diocesana: Pe. Pedro José Ritter, Amanda Gehlen, Ana Paula Brambilla Andres, Ceci Maria Rambo, Elias Geraldo Rech, Liana Wagner Santos, Luis Fernando John, Marta Maria Caspari e Roque Stein.
Para obter mais informações sobre a Pastoral do Dízimo e sobre como adquirir o livreto, basta entrar em contato com o Pe. Pedro Ritter, no telefone (51) 3634.1274.