Estudo vai diagnosticar causas das enchentes em Montenegro


A reunião em relação às cheias do rio Caí mobilizou cerca de 50 pessoas dos mais diversos segmentos sociais de Montenegro. Tânia Zoppas, presidenta do Comitê Rio Caí, falou do `Estudo de alternativas para minimização do efeito das cheias do trecho baixo do rio Caí que está sendo feito pelo pelas empresas Engeplus e Aerogeo, contratadas pelo governo do estadual. 

O consórcio técnico começou a trabalhar em setembro deste ano, com previsão de 10 meses. O estudo pretende avaliar o problema das cheias e propor soluções; buscar alternativas e intervenções ambientais e econômicas; integrar a comunidade através de aplicação de questionários de opinião pública. Durante o encontro foi lembrado que já foram feitos inúmeros estudos e propostas a respeito das cheias, mas que na prática nada de concreto foi efetivado. 

O prefeito Paulo Azeredo disse que o estudo também deve apresentar um cronograma de custo e estabelecido um prazo para o início das obras. "Se faz necessário um Termo de Ajustamento de Conduta para termos a garantia de continuidade das propostas, independente do governo que assumir o estado ou município", destacou o prefeito.

Além da viabilidade técnica, ambiental, econômica e social, se faz necessário que os agentes que participarão das reuniões e que responderão os questionários, tenham conhecimento sobre o tema, para que não se perca tempo com a apresentação de propostas inviáveis ou paliativas. 

Paulo Azeredo reafirmou o interesse do Poder Público em debater o tema das enchentes para encontrar soluções e salientou a presença dos secretários e servidores de secretarias (Meio Ambiente, Habitação e Ação Social, Obras Públicas, Educação, Desenvolvimento Rural, Gestão e Planejamento), e dos órgãos de apoio do Executivo, como Condecon, Comunicação, Umac,e demais participantes ligados às associações de moradores e vereadores.

A reunião de hoje aconteceu no Clube Caça e Pesca e é preparatória para as audiências públicas que irão acontecer com o seguinte cronograma:

1 - Apresentação do plano de trabalho; 

2 - Simulações hidrológicas das cheias e desenho do mapa de inundações;

3 - Estudo de viabilidade e hierarquização das alternativas

4 - Estudos soluções recomendadas 

As datas e as informações a respeito do estudo em todas as fases do trabalho, assim como os questionários e as formas de participação dos agentes sociais serão divulgadas através da distribuição de em amplo material gráfico e pelas mídias convencionais e redes sociais. Entre as questões levantadas, foram citadas as intervenções humanas e a degradação ambiental, a confecção de um plano de drenagem e o impacto sobre os rios que formam a Bacia do Caí, as canalizações, o saneamento, os critérios de licenciamento para futuras construções e instalações comerciais e industriais, a experiência do que se tem feito em outros municípios que tem áreas alagadas pelas cheias, os diques nas lavouras de arroz, a possível construção de um canal extravasor para minimizar a pressão das águas e que alternativas poderão surgir deste levantamento de informações que está sendo realizado. 

A contratação das duas empresas que farão o diagnóstico sobre os efeitos das cheias é promovido pela Secretaria Estadual da Administração e Recursos Humanos e Subsecretaria da Administração Central de Licitações. E tem a participação dos agentes locais no repasse de dados, como está sendo proposto pelo consórcio técnico através da aplicação de questionários e dos encontros em cada município do Vale do Caí.