Causas de alagamentos no Bairro Aeroclube em Montenegro


Nos últimos anos o Bairro Aeroclube tem sofrido frequentes alagamentos, “mesmo estando a quilômetros de distância do Rio Caí”, estranha o Vereador Marcos Gehlen (PT).

“Tuco” foi o autor de reunião segunda-feira (25) pela manhã na Câmara, da qual participou o Secretário do Meio Ambiente, José Carlos Barreto, para debater o que poderia estar causando as inundações, especialmente no lado direito da Estrada Antônio Inácio de Oliveira Filho, assim como estratégias para uma solução. Conforme o Vereador, após fortes chuvas uma enxurrada alaga diversas casas. 

Segundo Barreto, quando asfaltada a Estrada Antônio Inácio de Oliveira Filho havia grande preocupação com os cursos d´água em frente ao câmpus da Unisc, o que aparentemente teria sido resolvido. Também alinhou, “em tese”, a crescente construção de moradias no entorno e o próprio asfaltamento da Estrada. Outra causa: os aterros porque cada metro cúbico de água coberto, em consequência de aterramentos, acaba sendo deslocado para outro ponto. 


A confirmação das causas dos alagamentos, de acordo com o Secretário, dependeria de estudos de Engenharia, Hidrologia e Limnologia (ciência que estuda as águas interiores, como rios, riachos e lagoas, verificando as dimensões e concentração de sais, em relação aos fluxos de matéria e energia e as suas comunidades bióticas). Descartou que tivesse como causa os açudes, pois o volume de água não seria tão grande. 
O Vereador Carlos Einar de Mello (PP) – “Naná” qualificou de “gravíssima” a situação. Em certo local, conta que ele mesmo viu meio metro de água invadindo o interior de residências dez minutos depois de uma enxurrada. Em sua opinião, o problema não teria relação com o asfaltamento da estrada. “Fiscalizamos bastante na época em que foi colocado o asfalto. Talvez a empresa tivesse pecado na questão do escoamento da água”, comentou o Vereador. 


O provável entupimento dos canos da via também foi alegado como causa, com a comprovação também dependendo de estudo técnico. “Tuco” sugeriu uma “força-tarefa”, para verificar se as caixas coletoras ao longo da via não estariam entupidas. Considera que a Administração deveria ser provocada para executar a medida. 


Sugerido ainda o estudo de um projeto de desassoreamento do Arroio, tendo como ponto de partida a RS 124, descendo na direção da Estrada. “É urgente, para ontem”, alertou Naná. A Presidenta da Câmara, Vereadora Rose Almeida (PP), acredita que o problema maior esteja no Arroio Passo da Cria. Defende que o desassoreamento apenas das extremidades não resolve, teria que ser mais completo, verificando todo seu leito. O problema continuará sendo debatido na Câmara, com a participação, dentre outros, do setor de licenciamento ambiental.