A ÚLTIMA FLOR DO LÁCIO, a LÍNGUA PORTUGUESA. BOM DOMINGO!!!!!
Sábado, 19 de outubro de 2013, desperto com a homenagem do companheiro Bira Pires, pela Rádio Montenegro FM, por seu programa dizendo da nossa trajetória musical. Nunca pensei ou pretendi tanto nas artes, do que mais somente cantar, tocar, escrever versos, ouvir e conhecer as pessoas que conheci. Sorte!, ... e hoje tudo se sublimou: o tempo e aquele todo que nele foi feito.
Em seguida, após ouvir interessante palestra sobre o exato sentido do plantio de plantas, incluindo eucaliptos, em reunião com antigos e novos políticos municipais, esboçamos nossa proposta contendo os elementos para a concretização da Educação Popular de Montenegro, ações e metas, a partir da metodologia aplicada ao futuro Plano Municipal de Educação – “o Plano Municipal de Educação é a metodologia”. Também confirmamos que algumas das ações estruturais estão ocorrendo e outras poderão se efetivar imediatamente, sem prejuízo às consultas junto à população montenegrina, instituições e pessoas. O transcorrer e o desenvolvimento poderão ser informados através das redes sociais, se possível for.
Entretanto, ao seguir do sábado, após receber relatos preliminares para avaliação da FERURAL 2013 (mostra anual de trabalhos realizados pelas escolas do campo, sexta, 18-10-2013, Campo do Meio), ocorreu-me no Café Comercial um encontro casual com antigo amigo, andante e viajante, passeando pela terra natal, que, inusitadamente fala da Feira do Livro de Montenegro e, concomitante, revive Olavo Bilac, poeta nacional. Surpresa! Naquele instante, com outros três (03) amigos, discutíamos a “postura dos novos ricos”.
Melhor ficou quando ele, o amigo viajante, recordou minhas palavras durante a Feira do Livro, sobre Camões e “Os Lusíadas” (estou saudoso do Mondego, suas ninfas, seu caudal, sua paz, naquelas tardes e noites de Coimbra), quando perguntava se Bilac seria Bilac, Machado de Assis, Vinícius de Moraes e o brilhantismo das suas obras existiriam sem Camões e “Os Lusíadas”? Completou a magnitude diária ao tentar pronunciar o soneto “Língua Portuguesa”.
Chegando o encontrei na íntegra. É emoção total. Fantástico e é o quis dizer na Feira, coincidentemente; enfim, ei-lo:
“Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...
Amo-te assim, desconhecida e obscura.
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura!
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
em que da voz materna ouvi: "meu filho!",
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!”
Luiz Américo Alves Aldana - Vice-Prefeito e Secretário de Educação de Montenegro
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