Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro (23 a 28/7/13)


A Igreja e a família que acolhem

Durante esta Semana Missionária, peregrinos de diversas partes do mundo que vieram ao Brasil para participar da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro (23 a 28 de julho) farão uma experiência de intercâmbio com famílias brasileiras de várias partes do país. Na Diocese de Montenegro, aproximadamente 50 peregrinos alemães e 50 argentinos chegam até a Cúria nesta terça e quarta-feira, respectivamente, para depois serem encaminhados às casas das famílias acolhedoras, onde ficarão até domingo.

Nada mais cristão do que abrir as portas da casa e da família para acolher estranhos, mas que tem algo em comum: a fé em Jesus Cristo, na Igreja Católica e no jovem. Esse é o caso da família de Gilberto e Ângela Sebastiany, que recebem em seu lar, em Brochier, esta semana, dois jovens vindos da Argentina. O casal tem três filhos: a mais velha, Darlani, participa do Movimento Cenáculo de Maria; a do meio, Giliani, é integrante do CLJ; e o mais novo, Geovani, não vê a hora de entrar para o Onda. Quem também fez parte da família é a avó dos três, dona Lori, que já assumiu a responsabilidade de preparar os almoços para que os argentinos conheçam o verdadeiro sabor da comida colonial gaúcha. “Aceitamos o convite porque estamos sempre prontos a ajudar. Cuidaremos do deslocamento desses jovens durante a semana e queremos recebê-los com muito carinho, doces e biscoitos”, relata Ângela. E continua: “Eu acredito muito no jovem. Meu maior temor são as drogas. Então, faço de tudo para que meus filhos permaneçam engajados na fé, na Igreja. Quero contribuir para que todos os jovens andem pelo caminho certo”, partilha.

A situação na casa da jovem Laiana Rhoden, integrante do Grupo Paroquial de Bom Princípio, não é diferente. Ela, os pais Walter e Marcia Rhoden e o irmão Fábio Rhoden recebem dois jovens argentinos nesta semana. A família participa da Igreja através de Grupo de jovens, Encontro de Casais com Cristo - ECC e Equipe de Liturgia. O convite surgiu por estarem sempre engajados na vida da Igreja, e pelo fato de Laiana estar envolvida na organização da Semana Missionária em Bom Princípio e com os preparativos da JMJ, já que também irá ao Rio de Janeiro. “Além da preparação espiritual, deixamos organizado o quarto em que dormirão, estamos planejando o que serviremos nas refeições e como vamos nos comunicar. Mesmo sem falar espanhol, temos certeza que daremos um jeito de nos entender bem”, afirma a jovem. Ao ser questionada sobre que imagem de Igreja pretende passar aos visitantes, Laiana é enfática: “queremos mostrar o nosso jeito de ser Igreja, como família unida na fé, nosso envolvimento com a comunidade, assim como apresentar a eles um pouco de nossa cultura e de nosso município, através das visitas e passeios que estamos organizando com todos os jovens”.

A família Rhoden espera conhecer como os jovens argentinos vivenciam a Igreja Católica no seu país, de quais pastorais participam e as diferenças culturais em relação ao Brasil. “Esperamos atender as expectativas destes jovens. Eles estarão bem envolvidos com todas as programações que organizamos durante esta semana que antecede a Jornada Mundial da Juventude. Esperamos que fiquem com uma boa impressão do Brasil e da nossa região, para que, futuramente, possam voltar”, finaliza Laiana.

Em Montenegro, a casa de Elisete e Jacó Finger acolherá dois jovens vindos da Alemanha. O casal e os filhos Daniel e Leonardoestão ansiosos e prometem uma recepção carinhosa. “Pretendo que eles sintam o clima de união familiar que vivemos. Será importante que eles percebam o quanto a Igreja é importante para a família”, destaca Elisete.

Mais dois peregrinos argentinos serão recebidos com alegria na casa de Méris, José Henrique, Greise e Amanda Dapper, de Brochier. Méris é Ministra Extraordinária da Comunhão, o casal é cursilhista e Greise é catequista e agora secretária da paróquia de Brochier. A família espera que possam ter uma boa convivência na troca de experiência com os jovens estrangeiros. “Estamos motivados, alegres e até ansiosos para a chegada deles”, confessa Greise. Ela, seus pais e irmã pretendem passar aos argentinos a imagem de uma Igreja aberta, dinâmica e missionária, que tem a missão de evangelizar o povo para uma vivência fraterna. “Nós nos colocamos à disposição deles para que aconteça uma rica troca de experiência, no convívio da fé, da própria cultura e também perceber a realidade social do país deles. Também queremos saber da expectativa pelo fato do Papa ser da Argentina, se houve algum fortalecimento da caminhada de fé na Argentina com a escolha do Papa, e também em relação à crise da Argentina, quais as causas e os possíveis meios para que possam superá-la”, afirma, acrescentando que ainda pretendem saber mais sobre a população argentina em geral, sua realidade e sustentabilidade.


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