Governador reúne-se com prefeitos da base aliada
Tarso Genro reuniu-se na tarde desta quarta-feira (26) com a base aliada no Galpão Crioulo do Palácio Piratini. O evento contou com a participação de deputados e 179 dos 192 prefeitos que compõe a base aliada.
Ele avaliou de forma positiva as medidas propostas pela presidente Dilma Rousseff e disse se tratar até mesmo um gesto de humildade. Para Tarso, o plebiscito sugerido deve conter seis perguntas, sendo mais abrangente o questionamento com a população.
Sobre o investimento de R$ 50 bilhões destinados para a mobilidade urbana, ele disse que buscará R$ 4 bilhões junto ao governo federal e que serão investidos no metrô de Porto Alegre e na Estrada Caminho do Meio, entre Porto Alegre e Viamão.
O informe é do governador Tarso Genro e dado nesta tarde em reunião com jornalistas de diferentes veículos de comunicação da capital e região, onde foram abordadas as medidas anunciadas pela União e o momento vivido pelo país com as manifestações populares. Além das obras indicadas, o Palácio Piratini também apontará outras, consideradas prioritárias pelo governo para o setor de infraestrutura, mas não reveladas por Tarso.
Ao analisar a tomada de posição da presidenta, na tentativa de resolver as questões da mobilidade, ele considerou a resposta positiva, porém, insuficiente. “A questão mais importante é a redução nas tarifas do transporte público das regiões metropolitanas”, disse Tarso, assinalando que essa pauta cabe às prefeituras.
Na sua opinião, metade dos 50 bilhões de reais poderia ser colocado no subsídio das tarifas, incluindo nisso o passe livre aos estudantes, proposta defendida por ele.
Reforma política
De acordo com Tarso Genro, o pronunciamento e as medidas anunciadas por Dilma Roussef na última terça-feira abriram o diálogo para uma questão chave, a reforma política. Destacou que não considera inviável a ideia de uma Constituinte exclusiva para o tema e criticou setores jurídicos e acadêmicos, que consideram a medida uma ruptura. Revelou que em caso de definição pelo plebiscito já elaborou, como sugestão, algumas perguntas. Entre elas, se a reforma deve ou não ser feita e quem a faria. Em caso de aceite da população pela reforma, nominou algumas outras questões: se o voto se daria em lista fechada ou aberta, financiamento público ou privado das
campanhas e possibilidade de candidaturas avulsas (sem partido). “Eu defendo o financiamento público, feito por pessoas físicas, e a proibição das doações de empresas”, esclareceu, ao considerar sua posição como de controle e moralidade pública e assinalar que considera humilhante aos partidos e candidatos a busca por recursos junto à iniciativa privada.
A mobilização popular prevista para amanhã nas redes sociais também foi assunto. Segundo o governador, no movimento, classificado por ele como "anarco-direitista", a Brigada Militar manterá a postura de defesa da pessoa e depois do patrimônio.
Diálogo com manifestantes
Similar ao que aconteceu na semana passada, o governador estará novamente dialogando
ao vivo e pela internet com representações dos movimentos sociais envolvidos nas
manifestações de Porto Alegre e do país. Tendo a reforma política como pauta, a
iniciativa poderá ser acompanhada ao vivo amanhã, a partir das 15h, pelo site do Gabinete
Digital.
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