Morre quarta vítima de incêndio na Masisa Montenegro


Morre quarta vítima de incêndio em fábrica de Montenegro

Outros três funcionários morreram na segunda e na terça-feira desta semana


 Mais uma vítima do incêndio no setor de peneira na empresa Masisa, em Montenegro, morreu na noite desta quarta-feira, por volta das 22h, em Porto Alegre. Marcos Vinícius da Paz, 18 anos, era auxiliar de serviços gerais e estava internado na UTI da Santa Casa. Ele trabalhava para uma empresa prestadora de serviços há seis meses. O enterro será nesta sexta-feira, em Ibirapuitã, no norte do Estado, a cerca de 200 quilômetros de Porto Alegre.

 A primeira vítima fatal do acidente foi Thiago Monteiro, que morreu na segunda-feira. Na terça, morreram Lucas Mateus Teixeira, 26 anos, que estava internado no Hospital de Clínicas de Porto Alegre e Dirceu Peixoto dos Santos, 60 anos, no Hospital Unimed Vale do Caí, em Montenegro. No domingo, Clébio da Silva Gomes recebeu alta do Hospital Unimed, após ter 5% do corpo queimado.

 Por meio de uma nota, a Masisa lamentou a morte do jovem e informou que uma investigação intensiva está sendo feita pela empresa e pelas autoridades competentes para apurar as causas do incêndio. Por volta das 10h de sábado, uma explosão no setor de peneira provocou o incêndio e deixou sete funcionários da empresa feridos.

Por causa do estado grave de Monteiro, uma operação de transferência teve de ser feita ainda na tarde de sábado. Em um helicóptero da Unimed, ele deixou Montenegro e foi internado no setor de queimados do HPS da Capital, depois de a aeronave pousar no campo de futebol do Parque da Redenção.

A Polícia Civil começou as investigações na segunda-feira, quando ocorreu a perícia no local da explosão. O primeiro depoimento foi prestado nesta terça, por um representante técnico da empresa, que foi acompanhado pelo delegado responsável pelo caso, Marcelo Farias Pereira. Segunda estimativa de Pereira, o inquérito não deve ser concluído em menos de 30 dias.

Em nota, a Masisa informou que permanece fechada por tempo indeterminado até que as investigações sejam concluídas e a planta seja liberada para a retomada normal das atividades, com segurança aos colaboradores. Segundo com familiares de vítimas hospitalizadas, a empresa está realizando acompanhamento psicológico e oferecendo ajuda, transporte e alimentação aos parentes que ficam no hospital.


ZERO HORA