Aquisição da área da Antarctica (AmBev) - Montenegro - Rs




Empresa ambiental
compra área da Antarctica

ÁREA DE 30 HECTARES FOI ADQUIRIDA POR R$ 7 MILHÕES DANDO
DESTINO AOS PRÉDIOS QUE ESTAVAM ABANDONADOS DESDE 2006


Finalmente foi anunciada a aquisição da área da antiga fábrica da Antarctica (AmBev). A indústria de bebidas, que começou a funcionar em 1973, está desativada desde 2006, ficando suas instalações abandonadas na margem da RS 240 e rua Osvaldo Aranha, na frente da estação de tratamento de água (ETA) da Corsan.

Quem passa pela antiga Antarctica ainda avista uma placa de Vende-se, da área de 305.860 metros quadrados, cerca de trinta hectares, dos quais 24.749 m² são de prédios (área construída). São 668 metros de frente para a RS 240 e outros 122 metros para a rua Osvaldo Aranha. Foi neste local que funcionou uma das maiores indústrias da região, com cerca de 450 funcionários produzindo cerveja e refrigerante.

Ambiental BR
     Sexta-feira, dia 3, o empresário Gilvani Dall Oglio, gerente de operações e desenvolvimento da Ambiental BR, esteve reunido com o prefeito Percival de Oliveira e a secretária municipal de indústria e comércio Rejane Baptista. Gilvani confirmou a aquisição da antiga área da Antarctica, informando que pretende instalar em Montenegro uma unidade de tratamento de efluentes residenciais e industriais. A empresa, que presta serviços para empresas na coleta e tratamento de resíduos, possui uma tradição de mais de vinte anos.

Atualmente sediada em Porto Alegre, a Ambiental BR já atuava em desobstruções, manutenção e transporte de resíduos, contando com uma frota de mais de trinta caminhões e outros veículos, além de maquinário de alta tecnologia. Os prédios poderão ser perfeitamente adequados para a nossa empresa. Tudo poderá ser aproveitado, garante Dall Oglio. Ele confirmou que a aquisição do imóvel teve um investimento de aproximadamente 7 milhões de reais, citando que a AmBev facilitou a negociação. Não informou quanto será o investimento total, somando com as reformas, adequações e instalação do maquinário. Mas citou que a limpeza da área já deve iniciar na próxima quinta-feira. Antigos maquinários e reservatórios da Antarctica ainda estão sendo retirados. Gilvani espera concluir as obras neste ano para que a Ambiental BR possa começar a operar em 2013. Inicialmente a unidade deve contar com cerca de cem funcionários e Dall Oglio salienta que a preferência será pela mão-de-obra local.

Na próxima terça-feira Gilvani Dall Oglio já deve apresentar o projeto da Ambiental BR para os vereadores montenegrinos, visando conseguir incentivos fiscais para o investimento que além de empregos vai também representar aumento de impostos, principalmente ICMS, para o município.

Grande indústria automotiva pode ser anunciada
Montenegro vive a expectativa de receber mais grandes indústrias. De acordo com a secretária municipal de indústria, comércio e turismo, Rejane Baptista, um empresário da Alemanha, de uma grande empresa do ramo automotivo, esteve em Montenegro na última semana. Ele visitou o distrito industrial, na margem da BR 386 (Tabaí/Canoas), junto com outro empresário de São Paulo. Eles gostaram muito da área. Acho que tem 60% de chances do investimento vir para Montenegro, diz Rejane, sem revelar a indústria e o investimento que pode ser feito.

A indústria do ramo automotivo estaria entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Se for no território gaúcho, Montenegro concorre com Guaíba (área que seria para a Ford), Novo Hamburgo e Cachoeirinha. Mas para Rejane Montenegro leva vantagem em razão da logística do distrito industrial, com ótima localização e infraestrutura, perto de rodovia, ferrovia e hidrovia. No distrito industrial já estão grandes empresas como John Deere, Masisa, Pólo, Bepo e Momentive. O município já respondeu um questionário com dados da cidade e o seu potencial, incluindo possibilidade de incentivos e mão-de-obra. O anúncio do local onde será instalada a empresa pode ocorrer já na próxima semana.

PROCABLE
Na próxima segunda-feira, dia 6, o Secretário de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (SDPI), Mauro Knijnik, recebe, na Sala do Investidor, em Porto Alegre, às 9 horas, o presidente da empresa Fujikura, Yoichi Nagahama. O Grupo Fujikura forma uma joint venture com a Procable Energia e Telecomunicações, empresa de cabos condutores especiais que investirá R$ 40 milhões na instalação de uma fábrica no distrito industrial de Montenegro. No encontro, será apresentado o andamento do projeto da indústria.

A unidade gaúcha da Procable vai abastecer a América Latina. É uma honra receber o presidente mundial do grupo em nosso Estado. O investimento da companhia vai gerar cerca de 170 empregos, o que reforça a importância de sua instalação no município, destacou o secretário.

A unidade de Montenegro, que já está em obras, é a primeira fábrica do Grupo Fujikura na América Latina. A empresa, fundada em 1885, fatura R$ 7 bilhões por ano. A Sala do Investidor é um ambiente para oferecer um atendimento profissional e organizado às empresas dispostas a investir no Rio Grande do Sul.

Montenegro ocupa atualmente a 22ª colocação em arrecadação de ICMS entre os 496 municípios do Estado. A expectativa é nos próximos anos já figurar na lista dos vinte primeiros. Além das novas empresas e o crescimento das já existentes, foi muito comemorada a retomada da operação da Frangosul agora sob o controle da JBS, um dos maiores frigoríficos do mundo. Os investimentos garantem mais empregos e arrecadação de impostos, o que reverte em melhorias para a comunidade.


Fábrica de embalagens de vidro do MST vai investir R$ 40 milhões em Montenegro
Uma parceria entre o Executivo e a União, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), irá viabilizar a implantação de uma fábrica de embalagens de vidro em Montenegro. A fábrica será gerida por representantes de assentamentos da reforma rural do Estado e deverá estar funcionando em 2013. O projeto foi debatido em reunião na última quinta-feira, dia 2, no Palácio Piratini, de Porto Alegre.

O governador Tarso Genro coordenou o encontro entre os representantes do BNDES, BRDE, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e secretários de Estado. O diretor do Fundo Social do BNDES, Guilherme Lacerda, destacou que pretende se unir à iniciativa que poderá ser referência nacional. Ele observou que o projeto precisa ter alguns pontos ajustados, mas fez questão de enfatizar que o BNDES vai se envolver no processo para desamarrar os entraves e agilizá-lo.

O projeto será instalado em um terreno de 10 hectares no Distrito Industrial de Montenegro e está avaliado em R$ 40 milhões. Com o apoio tecnológico do Uruguai, gerará em torno de 300 postos de trabalho. O projeto já passou pela análise da Sala do Investidor e está sendo estudado por técnicos do BNDES e Banco Regional de Desenvolvimento Econômico (BRDE). O distrito industrial fica nas margens da BR 386 (Tabaí/Canoas) e RS 124, onde já estão instaladas empresas como John Deere e Masisa.

A fábrica irá atender as agroindústrias no que se refere às embalagens, algo que barateará o custo final, explicou o secretário adjunto do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), Ronaldo Franco de Oliveira Oliveira, acrescentando que ao Estado caberá a cedência do terreno, obras de infraestrutura e o apoio necessário para agilizar os empréstimos junto as instituições financeiras. Ele cita que a fábrica irá beneficiar principalmente as agroindústrias e também cerca de 1.800 famílias que poderão fornecer vidro reciclável.

O representante do MST, João Pedro Stédile, destacou a importância da fábrica. Possibilitará que sucos, conservas e alimentos em geral não necessitem de conservantes e abrirá o mercado, que hoje é oligopolizado por duas empresas transnacionais, disse. Stédile afirma que se trata de um investimento de abrangência estadual e nacional, pois atenderá todas as cooperativas do sul do Brasil, incluindo também Santa Catarina, Paraná e São Paulo.

A secretária municipal de indústria e comércio de Montenegro, Rejane Baptista, lembra que já em setembro do ano passado foram mantidos contatos para a fábrica da BRF Vidros, que seria uma filial de uma grande empresa uruguaia. Vamos ver como ajudar, diz, sobre os incentivos que poderão ser fornecidos pelo município, declara Rejane.

Guilherme Baptista

FATO NOVO







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