Conselho das Secretarias
Municipais de Saúde do RS defende que critérios de prevenção à gripe A sejam
revistos
O Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do
Sul (COSEMS/RS) definiu no dia 6/7 pela gestão junto ao Ministério da Saúde
para que o órgão adote uma política diferenciada no enfrentamento da Gripe A no
Rio Grande do Sul, principalmente pela questão climática tendo em vista a
rigorosidade do inverno gaúcho. Além disso, os secretários municipais de saúde
irão pleitear para que, caso persista a falta de vacina no mercado nacional e
no Estado, que sejam remanejadas doses de outros estados da federação, em que
as temperaturas se mantêm elevadas durante o ano todo, e que seja garantido o
medicamento antiviral oseltamivir, comercialmente conhecido como Tamiflu, para
todas as pessoas que apresentarem sintomas da doença.
Os secretários solicitam também que a partir de 2013 o Estado tenha o calendário de imunização antecipado, com a vacinação tendo início já a partir do mês de março. A resolução da entidade pede ainda que seja realizado estudo para a redefinição dos grupos de risco, tendo em vista que esse ano o vírus tem feito vítimas que estão fora dos tradicionais públicos apontados como sendo de cuidado prioritário (gestantes, crianças entre seis meses e dois anos, idosos e portadores de doenças crônicas).
Os secretários solicitam também que a partir de 2013 o Estado tenha o calendário de imunização antecipado, com a vacinação tendo início já a partir do mês de março. A resolução da entidade pede ainda que seja realizado estudo para a redefinição dos grupos de risco, tendo em vista que esse ano o vírus tem feito vítimas que estão fora dos tradicionais públicos apontados como sendo de cuidado prioritário (gestantes, crianças entre seis meses e dois anos, idosos e portadores de doenças crônicas).
O presidente do COSEMS/RS, Arilson Cardoso, chama a atenção para o fato de que neste ano a doença apresentou uma mudança repentina no perfil dos casos, o que justifica a necessidade de um estudo sobre o comportamento dos públicos que foram definidos ainda em 2009, quando houve um surto de gripe A. Temos de ter informações com embasamento científico para verificarmos se passaram a existir novos grupos de risco ou se o alvo agora é a população como um todo, disse. Essa atualização é importante para avaliarmos o que vem sendo feito em termos de prevenção e talvez mudar de direção os nossos esforços nas políticas de prevenção.
Apesar de a Organização Mundial de Saúde não recomendar a vacinação em massa da população, Cardoso sugere que essa possibilidade seja averiguada pela Secretaria Estadual da Saúde (SES), como forma de conter o avanço da H1N1. A imunização é uma das mais eficazes medidas de prevenção e a mudança no perfil das vítimas poderia justificar a abrangência da vacina à totalidade da população, disse.
O COSEMS alerta os secretários de saúde para que reforcem as ações de prevenção em cada município. As iniciativas locais de cuidado, como as realizadas em escolas, unidades de saúde e em outros espaços de convívio da comunidade são extremamente importantes e apresentam um excelente resultado prático, disse. Além da vacinação, as medidas mais eficazes para conter a proliferação do vírus da gripe A são a higiene e a manutenção dos locais arejados, por isso é importante que os gestores façam campanhas de conscientização e promoção de hábitos de etiqueta respiratória como cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir e higienizar as mãos com frequência, além de estimular a população para que procure imediatamente o serviço de saúde em caso de suspeita de contaminação.
Fonte:
Comunicar Brasil
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