FILHO, JOGANDO JOGUINHIO DE NOVO

Você tinha mandado o seu filho fazer alguma coisa. Quando vai dar uma olhada, encontra o garoto jogando videogame. Como você deve agir? Quem pensou em dar uma carraspana no guri não deu a melhor resposta.

Ao saber que seu filhinho ou sua filhinha está firme no console, o cidadão ligado nas tendências deveria felicitá-los por estarem pensando no futuro. E aí, discretamente, sair da sala ou do quarto. Para deixar a galera se concentrar.

É que muita gente mais conservadora pode até não ter se flagrado que este é um tremendo mercado, que movimenta cifras milionárias anualmente e está merecendo atenção muito séria bem aqui perto da gente. A região tem mais de um curso universitário de desenvolvimento de games. A turma trabalha para valer, participa de eventos e ajuda a movimentar um ramo cada vez mais profissionalizado e competitivo.

Uma pesquisa divulgada há poucas semanas pelo Ibope apontou que mais de 30% das casas brasileiras têm videogame de console. O Playstation 2 ainda lidera. Das novas gerações, o PS3 é o mais popular no Brasil. Mas XBox 360 e Nintendo Wii também são presenças fortes. Se você somar isso aí com outras instâncias em que os games estão presentes no cotidiano das pessoas, como os passatempos de computador e as dezenas e dezenas de plataformas móveis, vai acabar concluindo que a grande maioria dos consumidores usa um joguinho ou outro.

Tem uma pá de coisas importantes aí, e não se trata unicamente de apostar em alguma profissão que vá ser rentável no futuro. Professores, comunicadores e outros especialistas em levar conteúdo para algum lugar deveriam estar atentos para o fenômeno dos games. Tem uma grande parcela de pessoas que realmente preferiria interagir com informação em termos semelhantes aos dos joguinhos com os quais se acostumou.

Costuma-se enaltecer o papel das redes sociais, que de fato têm uma importância crescente. Mas, talvez porque muitos tenham a tendência de desprezar atividades como os videogames, há quem simplesmente deixe de considerar que eles comandam muito mais atenção e movimentam grana alta. Afinal, até o FaceBook oferece jogos para atrair usuários.

A região já está se preparando para virar um polo tecnológico. Talvez os games estejam nesse futuro. Isso é algo para o qual a gente deve estar atento. Então você já sabe: se o seu menino não estiver jogando, chame-o para uma conversa. Pense no futuro, filho.

NH