Município
reforça prevenção ao vírus da raiva
Enfermeira
da Vigilância Epidemiológica, Kátia Kern, forneceu orientações sobre a doença
durante reunião
A Vigilância em Saúde está realizando uma força-tarefa buscando
prevenir a transmissão do vírus da raiva. Foi encontrado no interior do
município, na última semana, um foco de raiva bovina, entre as localidades de
Costa da Serra e Pinheiros. A notificação chegou à Vigilância por intermédio de
técnicos da 2ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS).
A partir da constatação, a Vigilância em Saúde realizará o
bloqueio vacinal em cães e gatos, em um raio de 5 km do local onde foi
encontrado o foco. De acordo com a chefe da Vigilância, Silvana Schons, o
objetivo é evitar a disseminação do vírus. “Vamos iniciar a partir desse
entorno. Será um trabalho intensivo, visto que o interior do município é bem
extenso. Para isso, estamos montando esta força-tarefa”, explicou
Silvana.
Em reunião realizada na manhã de ontem (24), na Estação da Cultura,
uma equipe de representantes do Centro Estadual de Vigilância Sanitária (CEVS)
esteve presente para definir a logística de atuação das equipes no interior.
As equipes se deslocarão até a zona rural, tendo com ponto de
partida o local onde foi confirmado o caso de raiva bovina, na localidade de
Pinheiros. A partir deste ponto, a equipe se deslocará em sentido anti-horário
passando para as demais localidades, tendo como destino final o Bairro Estação,
acrescentado ao cronograma pela proximidade ao foco.
Cada equipe será composta por agentes de endemias, trabalhadores
da Vigilância em Saúde, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA),
motoristas e contará com apoio da Brigada Militar.
Representantes da SMMA, CEVS, Inspetoria Veterinária, Brigada Militar,
agentes de saúde e de endemia integram o grupo da força-tarefa.
Vigilância
Epidemiológica orienta população
Durante a reunião, a enfermeira da Vigilância Epidemiológica,
Kátia Kern, forneceu orientações sobre a raiva, abordando transmissão, prevenção
e tratamento. De acordo com Kátia, a forma mais comum de transmissão do vírus é
através da saliva de animais infectados. “É importante que as pessoas
tenham cuidado, no contato com animas, com arranhões e mordidas em peles
lesionadas”, orientou.
O cachorro é o principal transmissor do vírus em zona urbana, já
a maior incidência em espaços rurais, ocorre através da mordida do morcego. O
vírus da raiva infecta o indivíduo pelo sistema nervoso central, alojando-se
frequentemente no cérebro, após percorrer os nervos periféricos. A encefalite,
inflamação do encéfalo, é o resultado final da instalação e multiplicação do
vírus no sistema nervoso central. Os sintomas da raiva em humanos são todos
decorrentes deste acometimento: confusão, desorientação, agressividade,
alucinações, dificuldade de deglutir, paralisia motora, espasmos e salivação
excessiva.
Pessoas com suspeita de infecção devem procurar atendimento
médico hospitalar imediato. “Pessoas mordidas devem procurar as salas de
vacina do PAM (Pronto de Atendimento Médico) ou da Secretaria Municipal da
Saúde (SMS), para avaliação da gravidade da lesão”, explicou Kátia.
“A partir desta avaliação, é aplicada vacinação ou soro, conforme
protocolo do Ministério da Saúde”, informou.
Confira o cronograma de vacinação:
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Algumas localidades não serão abrangidas na sua totalidade (*)
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Previsão: de 28/05 à 14/07
Localidade
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Período
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Pinheiro/Alfama
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28/05
a 02/06
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Faxinal
(*)
|
04/06
a 06/06
|
Lajeadinho
|
11/06
a 16/06
|
Linha
Catarina
|
18/06
a 23/06
|
Costa
da Serra/Passo da Serra (*)
|
25/06
a 30/06
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Itacolomi/Fortaleza(*)
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02/07
a 07/07
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Estação(*)
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09/07
a 14/07
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