O prefeito deve regulamentar Leis para Pequenos Empresários

 
Empreendedor Individual: atualização da Lei Geral beneficia pequenos negócios
As novidades para o ambiente empreendedor, aprovadas nos últimos meses, trazem um momento importante a ser destacado, que é o esforço do governo federal em melhorar o ambiente para os empreendedores, lançando pacotes de medidas com pedidos de urgência nas votações. No geral, as medidas favorecem os empresários ao reduzir alíquotas e aumentar o limite de faturamento dentro dos regimes, ou seja, medidas que ajudam os empresários a perder o medo de crescer o negócio, por conta do crescimento dos impostos.

O PLC 77/11 aumenta de R$ 36 mil para R$ 60 mil o teto da receita bruta anual do Empreendedor Individual (EI) e amplia em 50% as faixas e o teto da receita bruta anual das empresas do Simples Nacional. O limite da microempresa (ME) passa de R$ 240 mil para R$ 360 mil e o da pequena (EPP) sobe de R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões. A proposta também cria o parcelamento de débitos das empresas do Simples Nacional e permite que elas possam exportar até o mesmo valor do seu faturamento bruto anual sem risco de exclusão. Prevê ainda que o EI altere e feche o negócio via internet a qualquer momento.

Para o gerente de Políticas Públicas e Relações Institucionais do 
Sebrae-SP, Julio Durante, a medida propicia uma crescimento consistente dos empresários. Quem já optou pelo Simples Nacional e estava com um crescimento próximo do limite, tem uma folga maior para continuar crescendo ainda dentro do Simples, sem pagar mais imposto por isso. E quem pretende abrir no Simples Nacional, a primeira faixa de faturamento foi ampliada de R$ 120 mil  para R$ 180 mil, pagando a mesma alíquota de 4%. Isso propicia o empreendedor a crescer, dentro da mesma regra tributária, sem afetar seu fluxo de caixa com aumento de tributação e ter uma migração mais suave da micro e pequena, para média empresa sem comprometer a saúde financeira do negócio.

Sem amarras para o empreendedor

O aumento do limite de faturamento do EI e também das faixas do simples nacional, mexe numa necessidade antiga do empreendedor que é deixar de limitar o crescimento dele. Quando o empreendedor abre no Simples, ou no EI, fica sempre preocupado em não atingir a faixa máxima de faturamento para não ter que pagar mais imposto. E, do ponto de vista da gestão empresarial, empreender com medo de crescer emperra o desenvolvimento do negócio. Então, ao ampliar estas faixas acaba diminuindo também um degrau grande que existia entre a informalidade a formalidade. A faixa do EI estendida aproxima-se da micro empresa. Ele faturando próximo dos R$ 5 mil/mês já está mais próximo da ME do que estava antes e a passagem de um regime para o outro já não é tão brusca.

Desde 2006, os pequenos negócios brasileiros ganharam uma grande aliada para a sobrevivência das micro e pequenas empresas brasileiras. A Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, que estabelece regras diferenciados para MPEs no que diz respeito às questões legais, administrativas e tributárias. A legislação prevê uma série de ações que têm impacto imediato na desburocratização dos processos de abertura e manutenção de um negócio de pequeno porte que têm, como conseqüência mais ampla, o desenvolvimento dos municípios por meio do apoio ao empreendedorismo.

Mas para que os empresários sejam beneficiados com as medidas previstas pela LG, os prefeitos devem regulamentá-las em seus municípios. Em SP, 1,4 milhões ( 72, 88%) das MPEs paulistas desenvolvem suas atividades nos municípios que regulamentaram a LG.  
Hoje são 239 (37%) municípios regulamentados em SP, que concentram 29 milhões (70%) da população do Estado.
Esta decisão por vezes geral algumas polêmicas no que diz respeito às vantagens da aprovação. Mas, experiências relatadas por prefeitos e empreendedores de várias regiões do Estado de SP, mostram que a LG pode ser sim um importante canal para que as prefeituras promovam o desenvolvimento econômico de suas regiões, promovendo bons negócios entre seus empresários e, conseqüente, mais geração de emprego e renda.

Em São Sebastião , segundo o prefeito, a implantação da Lei Geral, em 2007, mudou a vida do município. Antes da regulamentação, em 2004, a prefeitura comprava quase R$ 28 mil/ano de micro e pequenas empresas. Em 2011, este número já passa dos R$ 6 milhões. As compras públicas representam apenas uma parte da Lei que beneficia diretamente o desenvolvimento dos pequenos negócios no município que registrou crescimento empresarial de 36,4% nos últimos sete anos.

Benefícios da Lei Geral e o impacto para os empresários

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