Orçamento afeta o cotidiano de empresários, trabalhadores e estudantes.


As medidas que o governo anunciou para cortar R$ 50 bilhões no Orçamento afetam e trazem temores ao cotidiano de empresários, trabalhadores e estudantes. Os cortes atingem principalmente o custeio do governo (como contas de água e luz), emendas parlamentares, nomeações de concursos públicos e empréstimos do Tesouro ao BNDES.

Para quem mergulha na preparação de concurso público, a suspensão de seleções do Executivo e do Senado significa chances menores de alcançar a estabilidade. Para hospitais que aguardam verba de emendas do Orçamento, o corte pode significar atendimento mais precário.

Presidente da Associação dos Municípios das Missões e prefeito de Santo Ângelo, Eduardo Loureiro está apreensivo. O Hospital Santo Ângelo, diz, pode perder R$ 800 mil se a emenda do deputado federal Darcísio Perondi for rejeitada. O valor corresponde a 5% do orçamento do hospital e possibilitaria a compra, por três meses, de materiais e equipamentos para uso dos funcionários, como seringa, luvas e outros.

Fim do IPI reduzido afetaria vendas:
 

Dono de uma ferragem no centro da Capital, o empresário Paulo Penna Rey espera que o governo federal exclua o setor de material de construção da intenção de acabar com os estímulos à economia utilizados para combater os efeitos da crise a partir de 2008. O segmento ainda é beneficiado pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que acabaria em dezembro, mas foi prorrogado por mais 12 meses.

Embora confie na manutenção da palavra empenhada ao segmento pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, Rey admite que, caso o governo volte atrás, as vendas serão prejudicadas.
Fonte: ZERO HORA