Vaticano criou um site que se conecta com o Facebook,


Papa dá sua bênção às redes sociais e elogia seu potencial

Bento XVI não navega na internet; mas ele se interessa pelas novas tecnologias

O papa Bento XVI não navega na internet, mas pede com frequência a seus colaboradores que façam buscas pela rede, revelou nesta segunda-feira o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi. Nesta segunda-feira, ele deu a sua bênção às redes sociais, elogiando o potencial que elas têm, advertindo, porém, que a amizade online não substitui o contato humano real.

O pontífice não usa internet, mas seus colaboradores, que são muitos, sim. Bento XVI continua escrevendo com caneta-tinteiro e lápis, mas reconhece a importância da internet e das novas tecnologias da comunicação e pede a seus colaboradores que busquem temas na rede, disse Lombardi durante a apresentação da mensagem do papa em decorrência do 45º Dia Mundial das Comunicações Sociais.

A mensagem, que este ano faz referência à internet e às redes sociais, foi apresentada pelo arcebispo Claudio Maria Celli, presidente do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais, que afirmou que Bento XVI pertence a outra cultura. Celli afirmou que o papa tem uma letra muito pequena e que muitas vezes é necessário utilizar uma lupa para ler seus textos, mas que é um admirador das novas tecnologias.
A esse respeito, lembrou que em novembro, quando abençoou a nova unidade móvel da emissora de televisão do Vaticano, CTV, que permitirá que todas as transmissões sejam em alta definição, o papa se interessou por todas as novidades.
Redes sociais - Em seu discurso, o pontífice afirmou que as novas redes sociais oferecem uma grande oportunidade, mas alertou sobre os riscos de despersonalização, alienação, comodismo e sobre o perigo de ter mais amigos virtuais do que reais. É sempre importante lembrar que o contato virtual não pode e não deve tomar o lugar do contato humano direto com as pessoas em todos os níveis de nossas vidas, disse.

Ele afirmou que a rede social pode ajudar o diálogo, troca, solidariedade e a criação de relações positivas", mas também fez várias advertências. A entrada no ciberespaço pode ser um sinal de busca autêntica para encontros pessoais com os outros, desde que se preste atenção para evitar os perigos como o de manter alguém num tipo de existência paralela ou de exposição excessiva ao mundo virtual, afirmou ele.


Há dois anos, o
Vaticano criou um site que se conecta com o Facebook, através do qual os usuários podem trocar postais virtuais do papa, discursos e mensagens do pontífice. No portal também é possível receber notícias em formato de vídeo sobre o Vaticano e o Bento XVI e desde janeiro de 2009 o Vaticano conta com seu próprio canal no YouTube, no qual oferece breves notícias sobre suas atividades em espanhol, inglês, alemão e italiano.

(Com agência EFE)
fONTE: VEJA.com