Riscos de sobrevivencia: Transgênicos





A transgenia ou engenharia genética constitui-se em uma técnica biotecnológica de manipulação do DNA, e, com isto, modificar a linguagem da vida. Esta técnica insurge sobre caminhos do desconhecido nos destinos, não só da humanidade, como de resto, de todo universo vivo.
A linguagem da vida é dada por proteínas, codificadas no processo reprodutivo e transmitidas hereditariamente aos descendentes. Isto que dizer que todas as características hereditárias constituem-se em expressões de proteínas.
A transgenia é justamente a transferência de uma característica hereditária (proteína) de um ser vivo para outro- de um animal para outro animal; de um animal para uma planta;de uma bactéria para o homem – as possibilidades tornam-se intermináveis. Rompe-se, com isso, a barreira da sexualidade, que permitia o cruzamento de indivíduos da mesma espécie: todas as características vitais, uma vez que proteínas, podem ser intercambiáveis livremente. Com isto, a transgenia tem nas mãos a opção de *enxertar* quaisquer características de um ser vivo para outro.Decorrente disso , temos hoje: bactérias, produzindo insulina humana; vacas produzindo em seu leite anticorpos contra algumas doenças e vitaminas. Os supermercados estão repletos de produtos transgenicos utilizados no nosso cotidiano: cebolas, batatas, soja e seus derivados, trigo, cenouras, tomates... a lista seria interminável.
Por traz de toda produção transgenica transita interesses econômicos de grandes empresas e corporações ligadas à biotecnologia, visando, naturalmente, auferir lucros imediatos nessa fatia de mercado e não o bem estar da população ou mesmo do meio ambiente. Aqui é que mora o problema, pois os produtos modificados geneticamente irão influenciar na cadeia alimentar e no ciclo biogeoquímico dos elemento químicos. Isto interfere no ciclo vital natural, violentando a natureza, propiciando novas recombinações protéicas, num intrincado processo onde não se pode prever as conseqüências . Anteriormente à transgenia assumíamos a probabilidade dos acontecimentos biológicos dentro do patrimônio de cada espécie. Hoje, ela rompe a barreira da espécie e não podemos mais ter certeza cientifica dos acontecimentos futuros. 
                                 
Antonio Granja
Engº Florestal/Biólogo