UTI DO HOSPITAL MONTENEGRO SERÁ REABERTA


Hospital Montenegro: comitiva irá buscar aporte financeiro do Governo do Estado
Continua a luta diária para manter o Hospital Montenegro em funcionamento. Novo encontro para debater as dificuldades financeiras e buscar alternativas ocorreu quinta (22), na Câmara de Vereadores, proposto pelo presidente, Vereador José Alfredo Schmitz (PPS), reunindo diversos setores.

Participaram vereadores, representantes da Ordem Auxiliadora das Senhoras Evangélicas (OASE), a Secretária Municipal da Saúde, o presidente do Conselho Municipal de Saúde, as Embaixatrizes e o superintendente do Hospital, Sérgio Machado.

De acordo com os números apresentados por Machado, a situação financeira do HM continua preocupante. O Governo do Estado interrompeu o repasse de verbas ao projeto Casa Gestante. A Contratualização não alcançou o volume financeiro esperado pelo HM. Atualmente, o déficit é de 244 mil reais.

“Atendemos com base na tabela do Sistema Único de Saúde, que está muito defasada e acaba não cobrindo os custos da maioria dos procedimentos”, lamentou o superintendente, salientando ainda que o Hospital também atende moradores de municípios da região que não contribuem, caso de Capela de Santana gerando, somente nesta situação, uma dívida de 20 mil reais/mês.

Machado explicou ainda que a maior parte das verbas que provém do Estado é destinada à compra de serviços, praticamente não restando recursos para aplicar em manutenção. “A estrutura está montada, temos que mantê-la em funcionamento”, alegou.

Déficit na tabela não paga os custos

A UTI do Hospital será reaberta brevemente, após reforma e ampliação. Porém, Machado alerta que, mesmo com a mudança de Porte I para II, o repasse do Governo do Estado não cobre seu funcionamento. “Sabemos que haverá déficit neste setor. Porém, um hospital sem UTI é semelhante a um Postão”, argumentou Machado, frisando que a Unidade será mais um serviço colocado à disposição da população. Para seu funcionamento, vai ser buscado apoio dos governos federal e estadual.

Este também é o pensamento do Presidente do Conselho de Saúde, o médico Rogério Macedo. Segundo ele, a operação da UTI é um dos pontos que garante a sobrevivência do Hospital. “O Estado não está fazendo a sua parte, não analisa o custo para ver o déficit”, ponderou.

Macedo revelou que 60% da folha de pagamento de junho dos funcionários ainda não foi quitada. “Se continuar assim, daqui a dois meses haverá um mês inteiro em atraso”, apontou.

Para Schmitz, a reunião tem o propósito de evitar que a situação se agrave até o final do ano. “Temos que juntar esforços para cobrar uma ação do Governo do Estado”, sinaliza o presidente da Câmara.
Audiência com a Secretária da Saúde do Estado

Comitiva de lideranças montenegrina irá marcar audiência com a Secretária estadual da Saúde Arita Bergmann, para reforçar a necessidade de uma participação mais efetiva do Estado. Dentre os temas em pauta, Contratualização, verbas para a Casa da Gestante e reabertura da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).