Países da UNIÃO EUROPÉIA irão monitorar orçamentos uns dos outros


Medidas pretendem restaurar confiança e fortalecer o euro

A União Europeia anunciou nesta segunda-feira que os Estados membros do bloco passarão a monitorar os orçamentos uns dos outros, como parte de um esforço para restaurar a confiança em suas economias e fortalecer o euro, moeda comum do grupo.

De acordo com o Presidente do Conselho da União Europeia, Herman van Rompuy, os ministros das Finanças do bloco concordaram em iniciar este monitoramento a partir do ano que vem.

Além disso, segundo Rompuy, serão estabelecidas novas sanções para os países que desrespeitarem regras orçamentárias definidas pelo grupo.

Rompuy não deu mais detalhes sobre as possíveis sanções, mas afirmou que elas poderão ser de ordem financeira ou não.

“O campo de sanções financeiras e não financeiras deve ser expandido”, disse Rompuy em um comunicado divulgado após a reunião de um grupo de trabalho criado em março, após o início da crise do deficit orçamentário da Grécia, que levantou dúvidas sobre a saúde de algumas economias do bloco.

“Estas sanções devem ser progressivas e diferentes opções para reforçar o automatismo delas foram discutidas”, diz o comunicado.

Dúvidas

Embora as declarações mostrem uma preocupação dos ministros das Finanças do bloco com um melhor monitoramento e administração dos orçamentos dos países-membros, as discussões ainda estão em estágio inicial, já que os mecanismos de funcionamento das reformas ainda não foi acordado.

Segundo Andrew Walker, analista de economia da BBC, uma das lições aprendidas pelos ministros das Finanças do bloco com a recente crise foi a de que as regras da UE para limitar os empréstimos governamentais não foram efetivas e que problemas orçamentários de alguns países acabaram prejudicando os outros.

Ainda segundo Walker, a discussão sobre as sanções aos países que desrespeitarem as regras orçamentárias levanta questões políticas delicadas.

Para ele, será difícil conciliar a soberania dos Estados membros da UE com a influência do bloco ou de outros países em políticas de governo relacionadas a gastos e impostos, por exemplo.
FONTE: BBC Brasil.com