ENSINO TÉCNICO CRESCE 300%


Para quem está de olho nas oportunidades que se abrem no segundo
semestre, este é o momento de buscar qualificação. Uma das formas mais
rápidas de garantir uma dessas vagas é o conhecimento proporcionado
pelos cursos técnicos, que preparam profissionais para o mercado. Para
tanto, as instituições estão em constante reestruturação, tanto na
grade curricular quanto na expansão de novas capacitações em regiões
diversas.

Conheça os novos espaços abertos por instituições de ensino técnico
para o segundo semestre

Segundo Lúcio José da Silva, gerente do Núcleo de Educação
Profissional do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac),
cerca de 30% do portfólio de cursos da instituição é modificado a cada
ano. Tendo como objetivo atender às demandas das organizações, os
cursos recebem atualizações e também passam a ser ministrado em
municípios específicos.

Procuramos suprir cada vez mais as necessidades do mercado. Em razão
disso, acreditamos que o ensino técnico deve triplicar até 2015 –
avalia Silva.

A partir de um processo chamado de radar tecnológico, o Serviço
Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) faz uma espécie de
diagnóstico de mercado. De acordo com Paulo Presser, diretor de
Educação e Tecnologia da entidade, essa prospecção verifica quais são
as inovações necessárias para o progresso de cada área.

Procuramos nos antecipar por meio de consultas aos empresários,
industriais, representantes de prefeituras. Avaliamos, a partir dessas
respostas, quais são as adequações que precisamos fazer nos cursos
antigos ou até mesmo a inclusão de novas capacitações – explica
Presser, que cita entre as novas demandas de mercado os setores de
alimentos, construção civil, automação e robótica.

Na avaliação de Júlio Xandro Heck , vice-diretor e diretor de ensino
do Campus Porto Alegre do Instituto Federal do Rio Grande do Sul
(IFRS), as especificidades de cada atividade precisam acompanhar o
mundo do trabalho. Os cursos técnicos têm a característica de serem
tão dinâmicos quanto as exigências do mercado.

Estamos sempre renovando os nossos cursos tradicionais. Além disso,
buscamos novas alternativas para suprir lacunas de mercado. Nós
levantamos, por exemplo, que existem mais de 6 mil panificadoras no
Estado e que as mesmas estão carentes de profissionais qualificados.
Criamos, então, o curso técnico de Panificação e Confeitaria –
exemplifica Heck.

Classificado para integrar a primeira turma de técnicos em Panificação
e Confeitaria da IFRS, Evandro Lima Pereira, de 26 anos, pretende dar
outro rumo para a vida profissional. Atualmente, ele trabalha como
recepcionista em um hotel e, nas horas vagas, auxilia uma amiga em sua
pizzaria. E foi justamente a atividade extra que o motivou a buscar o
seu lugar no universo gastronômico:

Eu pretendo abrir o meu próprio negócio quando concluir o curso.
Estou com muita expectativa e com muita vontade de aprender.
FONTE: ZH DINHEIRO