Upgrade em laptops ainda é restrito e exige cautela do usuário
Troca de componentes como placa-mãe e processador podem não valer a pena
Guilherme Neves | guilherme.neves@rbsonline.com.br
Com crescimento de 20% nas vendas em 2009, os notebooks estão cada vez mais presentes no cotidiano dos usuários brasileiros. Segundo dados da consultoria IDC, os portáteis devem contribuir significativamente para o crescimento do setor neste ano. Cada vez mais populares, os laptops, porém, têm uma desvantagem básica em relação aos desktops: o upgrade.
Atualizar um computador portátil é difícil, mas não impossível. Expansão de memória e armazenamento são procedimentos fáceis e até vantajosos para o bolso. Já outros componentes, como placa-mãe e processador, podem não valer a pena.
– O tamanho é a grande vantagem do notebook (por ocupar menos espaço), mas também é uma desvantagem ao atualizar – avalia o professor Celso Poderoso, da Faculdade de Informática e Administração Paulista (Fiap).
Com as dimensões padronizadas há cerca de cinco anos, o disco rígido (HD) é uma das peças mais trocadas. Segundo Márcio Altmann, gerente de uma da maiores lojas de informática em Porto Alegre, o aumento de 1 GB para 3 GB de memória RAM e trocas de HDs são os serviços mais procurados.
Na troca da placa-mãe, o espaço interno é uma das principais restrições. Segundo o professor do Senac Informática Juliano Monteiro, enquanto há fabricantes que fazem as bases mais espaçosas, outros as projetam menores, limitando a compatibilidade.
– Quando o problema é na placa-mãe geralmente vale mais a pena comprar um computador novo. O custo da troca é muito alto – explica completa Altmann.
Facilidades de compra e redução dos preços com a isenção de tributos reforçam o argumento. Em 2010, a contribuição do segmento deve continuar sendo significativa. Com preços menores, acaba sendo melhor substituir a máquina.
– Estamos entrando num momento em que dificilmente se faz upgrade completo. A preferência é comprar um micro novo – acrescenta Poderoso.