Prefeitura de Montenegro e Conselho Tutelar debatem sobre abuso e exploração sexual infanto-juvenil





Em 18 de maio de 1973 um crime chocou o país. Araceli Cabrera Sanches, de 8 anos, fora sequestrada em Vitória, Espírito Santo, e encontrada morta seis dias depois. Seu corpo possuía sinais de violência sexual. A Lei 7.990 de 2000 decretou que este dia seria o Dia Nacional da Luta Contra o Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Foi em prol desta data que o Conselho Tutelar esteve em reunião com o vice-prefeito, Marcos Griebeler, na manhã de hoje (18). Uma caminhada com a participação das escolas estaduais e demais órgãos marcaria a data no município, mas ela foi transferida, devido à chuva, para uma data ainda não definida.

Toda sociedade é responsável. Grande parte da violência começa na família, afirmou Griebeler. Durante a reunião as conselheiras Maristela Josiane Paz, Vera Maria Quadros, Clair Camargo e Leila Ternes falaram sobre seu trabalho no Conselho Tutelar de Montenegro e discutiram os problemas na cidade. O município está com um demanda muito grande, lamentou Leila. As conselheiras também realizam palestras em escolas e recebem suporte da Administração Municipal. Cada vez mais buscamos trabalhar com uma rede de atendimento para dar suporte às famílias, revela Clair.

O Abrigo Menino Jesus de Praga, entidade dirigida pelo Lar do Menor, está atualmente lotada e não tem mais meios de abrigar crianças, tanto que 7 crianças estão abrigadas em entidades fora do município. No entanto as conselheiras não se desanimam. Precisamos mobilizar a sociedade para que este tipo de abuso tenha fim. Se souber de um caso denuncie, garantiu Josiane. A secretária Geral do município, Ereni Maciel Szulczewski, foi conselheira por quatro anos e lembra que casos de emissão eram comuns.

A conselheira Vera avisou que o abuso não era o único problema. É preciso cuidar também com a exploração sexual. Os pais têm que ter cuidado com seus filhos, o perigo vem de onde menos se espera, destacou. O vice-prefeito também lembrou do trabalho que o programa Primeira Infância Melhor vem realizando nas comunidades carentes. É um programa que ajuda bastante auxiliando as famílias, afirmou.

Denuncias podem ser feitas pelos telefones 9707-9723, 100 ou 190. Além dos telefones do Ministério Público, 3632-1677, e na Polícia Civil pelo telefone 3632-1111.